21 de dezembro de 2025

Mário Negromonte, Wagner, o PP e a escolha da chapa

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O presidente do PP na Bahia, deputado federal Mário Negromonte, admitiu ter havido mal-estar na negociação com o governador Jaques Wagner (PT) para que o partido aceitasse compor a chapa governista com a indicação do vice, já que o acordo inicial previa uma vaga ao Senado. “Houve alguns equívocos tanto da parte do governo, quanto da parte do candidato Otto , quanto da nossa parte, mas já foi superado”, revelou, durante discurso, na solenidade de filiação do ex-governador Otto Alencar (que será o vice na chapa), na tarde desta quarta-feira (31), na sede do partido.


 


O pepista cobriu Wagner de elogios, mas reiterou o compromisso assumido pelo governador. “No relacionamento empresarial, o que mantém a confiança é o cheque, a promissória, na vida pública é a palavra. Não teve arranhão nem ressentimento, ou não teríamos filiação (…) A gente faz política olhando para a frente. Se o projeto é para ganhar, e Otto é importante, o PP está feliz com a vinda de Otto”, ressaltou.


 


À imprensa, Negromonte admitiu preferir o posto ao Congresso, como fora acordado inicialmente. “O acordo feito com o governador era uma vaga para o partido, não à pessoa, para o senado. Lógico que eu preferiria o senado, porque é um projeto nacional. Nós devemos eleger de 4 a 6 senadores. É um mandato de oito anos, com dois suplentes. Eu prefiro a vaga de senador, mas como somos aliados do governador e entramos nesse projeto para ganhar, a gente tem que fazer concessões”, disse. 


 


O dirigente assegura que não ficaram rusgas após a negociação. “Se (o acordo) não fosse uma boa, a gente teria peitado o governador. O governador prefere fechar com partidos do que com pessoas”, definiu.


 


Wagner pediu compreensão ao PP por não ter cedido vaga ao Senado


 


Em seu discurso, durante a solenidade de filiação do ex-governador Otto Alencar ao PP, o governador Jaques Wagner (PT) assumiu para si a “responsabilidade” sobre o mal-estar gerado na negociação para que o Partido Progressista cedesse o que fora inicialmente acordado (uma vaga na chapa para o Senado), e se contentar com a vice, que será ocupada pelo ex-conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).  “Se em algum momento, um ruído de comunicação aconteceu, muito explorado por aqueles que apostaram em não viver a nossa vitória, quero deixar bem claro que a responsabilidade me pertence.


 


Se ruído houve, foi porque o comprometido com o PP, e com Otto, foi de que a vaga seria do Senado. Eu pedi, não impus, a ambos que mudassem essa posição e que acolhessem esse pedido, para que pudéssemos compor. Não caberia a um senador (César Borges) não pleitear a reeleição. Situação nova, novas conversas. Quero agradecer a ambos”, reconheceu. O petista disse que irá “reparar” os ruídos dando “conforto e tranqüilidade”.


 


O chefe do Executivo estadual admitiu que o PP saiu prejudicado na negociação, mas pediu compreensão em torno de um objetivo em comum. “Eu não acredito em quem me diz que não tem vaidade. A única coisa que eu peço sempre aos que me acompanham na caminhada é que a vaidade individual de cada um de nós esteja pelo ao menos um degrau abaixo da vaidade coletiva para a gente construir o projeto. Se por qualquer problema legitimo, mas impróprio pro momento, a gente não chegasse a esse momento, quem sorriria são os que estão do outro lado, torcendo pela nossa derrota”, considerou.


 


Para Lúcio, Wagner falta com a verdade


 


O presidente estadual do PMDB, Lúcio Vieira Lima, enviou nota oficial ao Bahia Notícias para rebater as declarações do governador Jaques Wagner, que alfinetou o partido durante o ato de filiação do ex-governador Otto Alencar ao PP.


 


Para o dirigente, o petista falta com a verdade. “Antes de sair por aí fazendo acusações ao PMDB, o governador JW precisa se decidir se ele fala a verdade quando diz que o PMDB atrapalhava o seu governo ou quando diz que que o partido saiu contra sua vontade.


 


A verdade é que o PMDB saiu do governo, porque depois de eleito por uma coligação que além do PMDB, tinha também o PV, PTB, PPS entre outros, para conduzir um projeto político de mudanças para o estado, traiu o povo baiano e os aliados que o elegeram, passando a conduzir um projeto pessoal. Entendo a dor de cotovelo do governador ( e para esta não há remédio )  com a saída do PMDB, pois isto o obrigou a mostrar sua verdadeira face, vista agora por toda a Bahia na condução da formação de sua chapa.


 


No mais, a Bahia não deve se surpreender com declarações grosseiras de um governante que já chamou prefeitos de biruta de aeroporto, a oposição de abestallhada e declarou que iria destruir seus adversários políticos”, diz a íntegra do texto.


 

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