O deputado estadual Paulo Rangel foi mantido líder do PT na Assembleia Legislativa da Bahia, após reunião realizada entre os membros do partido na Casa na manhã desta terça-feira (23). Ele foi reconduzido ao posto por unanimidade pela terceira vez consecutiva, o que é um fato histórico, pois apenas o parlamentar Paulo Jackson, falecido no ano 2000, havia conquistado o mérito. A aclamação do petista para conduzir a legenda na AL-BA no ano eleitoral acontece logo depois de ele repugnar a possibilidade de aliança entre o governador Jaques Wagner e o senador César Borges (PR).
Rangel: “Vossa Excelência não pode ser mais fiel ao governador do que o PT e vir aqui ironizar a oposição do PT”.
Por Política Livre
O deputado governista Paulo Câmara (PDT) protocolou na mesa diretora da Assembleia Legislativa um Projeto de Emenda Constitucional (PEC) para retirar da inconstitucionalidade a instalação de uma usina nuclear a ser gerida pelo governo baiano.
O documento, que tem a assinatura de 24 deputados, não contou com a adesão do PT e do DEM. “A Bahia deve ou não ter a usina? Essa é a discussão que queremos travar. É uma energia das mais limpas, há viabilidade, já que serão instaladas 3 no Nordeste. Precisamos discutir também o local”, afirmou Câmara.
Ele destacou que o governador Jaques Wagner (PT) também defende o projeto. O líder do PT, deputado estadual Paulo Rangel, não gostou das declarações do aliado, que expôs a posição contrária de seu partido ao projeto.
“V. E. não pode ser mais fiel ao governador do que o PT e vir aqui ironizar a oposição do PT. O PT separa o governo de partido. Seguimos Wagner, mas não cegamente. Fazemos a discussão de forma autônoma, sem pressão de nenhum governo. Tem que respeitar aqueles que não assinaram. Comemos sal e tomamos poeira com ele. Os aliados não podem desrespeitar aqueles que originalmente deram vida ao projeto”, rebateu.
O petista avalia que a retirada do artigo que proíbe a instalação da usina é precipitada e que o debate deverá ser travado apenas quando houver o interesse manifesto do governo federal. O deputado Carlos Gaban (DEM), presidente da Comissão de Meio Ambiente, também justificou a posição do DEM.
“Primeiro deveria se discutir sobre as conseqüências, para depois tramitar. Você está invertendo a seqüência dos fatos. Outras fontes de energia como a eólica e a solar devem ser discutidas antes”, disse.





