O governador Jaques Wagner atribui às gestões anteriores a responsabilidade pela perda de investimentos que a Bahia sofre para Pernambuco. Mesmo assim, o chefe do Executivo destacou avanços do seu governo. “Pega o Caged e compara os números: a Bahia gerou 14 mil empregos e Pernambuco gerou 3 mil. Gente, o papel da oposição é ver fragilidades e não ver as coisas realizadas. Durante muito tempo se optou em colocar a Bahia como o último vagão do Sudeste, em vez de ser a locomotiva do Nordeste. A minha cabeça funciona diferente. Eu sou, não de nascimento mas de opção, nordestino. Minha identidade é aqui, nada contra o Sudeste. Então, para mim, eu quero transformar a Bahia como a locomotiva do Nordeste e não funcionar de costas para o Nordeste. Me admira a oposição, aqueles que governaram a Bahia por 40 anos, colocar que a gente está perdendo”, afirmou.
De acordo com Wagner a discussão sobre a regional da Infraero é uma bobagem e as melhoras só foram implementadas após o governo Lula. “Nunca fomos regional da Infraero. Viramos por um período regional da Infraero no governo do presidente Lula, a nosso pedido, e voltamos agora, a nosso pedido, apesar de que eu não fazer palanque disso. A Chesf é lá, a Sudene é lá, o Banco do Nordeste no Ceará, e ao que me conste não foi em meu governo que foram para lá. Eu acho graça. Dá para me dizer onde é que eles pontuaram? A ferrovia está saindo quando? Isso é que é fazer o desenvolvimento da Bahia e não saber se uma sede de uma burocracia está aqui ou está lá”, provocou. Wagner ressaltou ainda a ampliação no número de voos internacionais e de universidades federais no território baiano, que passou de um para três, e disse que as administrações carlistas não dotaram o Estado de infraestrutura suficiente para atrair empresas. “Essa discussão é boba, mas eu poderia dizer que algumas coisas estão indo realmente para Pernambuco porque os governos que estiveram lá nos últimos 40 anos tiveram mais responsabilidade do que alguns dos nossos, pois entregaram a Pernambuco um porto de alto calibre e uma retroárea toda licenciada, prontinha, para convidar quem quiser. Enquanto eu tenho que duplicar o Porto de Salvador, refazer o Porto de Aratu e construir o Porto-Sul de Ilhéus. Só por isso que não dá para trazer as coisas tão rapidamente. Depois o caboclo quer vir para cá e pergunta: Tem energia? Tem porto? Tem estrada?”, questionou.
