“Só lamento que a Polícia Federal, o Ministério Público e a Justiça não tenham usado o mesmo padrão para colocar na cadeia mensaleiros e sanguessugas do PT e aliados”, criticou Aleluia
Arruda está preso e DF pode sofrer intervenção
Wagner: Se não tivesse consequência, seria um convite à desordem
A prisão preventiva do governador do Distrito Federal José Roberto Arruda (sem partido), determinada pelos ministros da Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ), teve grande repercussão entre a classe política baiana.
Para o governador Jaques Wagner (PT), foi uma resposta à indignação dos brasileiros ante as imagens mostradas na televisão. “Se não tivesse alguma consequência, seria um convite à desordem”, assinalou o petista, ontem à noite, assim que chegou ao Campo Grande para a abertura oficial do Carnaval de Salvador.
Wagner, que é candidato à releição e viu seu partido envolvido, em 2005, no escândalo do mensalão (esquema de compra de votos de parlamentares), evitou, contudo, fazer juízo de valor.
“Se o STJ tomou essa decisão é porque tinha elementos consistentes”, pontuou o governador.
Prisão
O deputado federal José Carlos Aleluia (DEM) disse que os brasileiros estão de “alma lavada” e que apoia integralmente a decisão do Tribunal.
A prisão de Arruda – que se desfiliou do DEM para não enfrentar processo de cassação – demonstra, na opinião do democrata, que no Brasil todas as pessoas que comentem crime são passíveis de prisão.
“Seja o cidadão comum, o político, o governador, todos devem ter o mesmo tratamento”, defende o deputado.
“Só lamento que a Polícia Federal, o Ministério Público e a Justiça não tenham usado o mesmo padrão para colocar na cadeia mensaleiros e sanguessugas do PT e aliados”.
Prisão
No twitter, o ministro Geddel Vieira Lima (PMDB), também candidato ao governo este ano, postou:
“Aqui em Brasilia, clima de perplexidade com prisão de Arruda. Me incluo entre os que acreditam ser um bom exemplo para acabar o sentimento de impunidade”.
Já o deputado ACM Neto (DEM) salientou que o importante é ficar claro que o seu partido não tem responsabilidades sobre os equívocos de Arruda.
“Não é mensalão do DEM, é do governador Arruda”. O ex-governador Paulo Souto, candidato do DEM ao governo do Estado, não foi localizado para comentar.





