Os policiais civis baianos realizarão uma assembleia geral nesta terça-feira, 26, para decidir a possibilidade de paralisar suas atividades durante o Carnaval deste ano. De acordo com o presidente do Sindicato dos Policias Civis do Estado da Bahia (Sindpoc), Carlos Lima, a categoria fará a entrega dos presos das delegacias de Salvador para a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH).
A assembléia, marcada para as 9h na Associação dos Funcionários Públicos da Bahia, na Rua Carlos Gomes, servirá para instruir os policiais sobre a entrega. “A Justiça que cuide dos presos, mande para os presídios”, disse Lima. Conforme os dados do Sindpoc cerca de 6.800 presos estão custodiados nas delegacias do Estado e são vigiados por investigadores.
Além disso, a classe teve benefícios não repassados, como pagamento de horas extras, insalubridade, melhores condições de trabalho durante carnaval e aposentadoria diferenciada com integralidade, só para falar de alguns. “Se nossas exigências não forem atendidas podemos, sim, para no carnaval”, completou Carlos.
Para o secretário Nelson Pelegrino, da SJDH, “o governo está em negociação permanente com os policiais civis”. Pelegrino afirmou que as melhorias tem acontecido, como no caso da Lei Orgânica e do plano de carreira para a classe. O secretário ressaltou não haver motivos para paralisação já que o governo está aberto ao diálogo.
Em relação a entrega dos presos custodiados Nelson disse confiar na Polícia Civil. “Eles tem consciência do trabalho do governo com construção de presídios”, afirmou.
Polícia Militar – Outra assembleia de profissionais da segurança pública do Estado acontecerá nesta sexta-feira, 29, na sede da Sociedade Beneficente de Subtenentes e Sargentos. Desta vez os policiais militares discutirão sobre os subsídios, auxílios, pagamentos da Gratificação por Atividade Policial (GAP).
O soldado Agnaldo Pinto informou que os policiais deveriam receber os valores reajustados já neste mês, o que não ocorreu. No entanto, ele afirma que os policiais militares não tem intenções de paralisar suas atividades de imediato. “Parar ou não só dependerá das respostas do governo estadual”, contou Pinto.
