“Oxalá pudéssemos meter o espírito de
Estamos em pleno mês de dezembro e muita gente já anda procurando a máscara adequada para compor sua melhor postura diante das anunciadas mudanças, quase nunca reais, advindas do “espírito natalino”.
Há uma única coisa que sempre muda: o ano de comemoração da data, pois boa parte de nós continuará olhando para o próprio umbigo previsível, conivente e inconsciente. Até a fingida proposta de crescimento pessoal mudar de data para estacionar em outra, no final do ano que vem.
Não gosto dessa sensibilidade pré-datada sugerida pela época natalina. É triste mas é verdade: muitos de nós continuamos fingindo, em determinadas datas, que somos socialmente responsáveis, tolerantes e compreensivos. Enfim, interessados em algum melhoramento humano.
Incomoda essa visão limitada, forçada e conveniente de uma data de frágeis resoluções que se sustenta, quase sempre, no tempo em que os arranjos de natal estiverem expostos, depois voltarão para suas caixas, para viverem mais um ano ignorados. Valores continuam sendo enfeites temporários, infelizmente.
Enquanto não percebermos que é urgente a necessidade de esforços de humanização na família, na escola, no trabalho, na rua e, especialmente, no nosso interior, as datas lindamente celebradas terão seu charme, sua importância econômica, seu deslumbre, mas apenas confirmarão nossa cegueira diária e incrivelmente apreciada.
É difícil não se assustar com o rumo das coisas. É provável que as mudanças sejam pequenas. É certo que continuaremos celebrando tais coisas com data marcada, marcando ponto apenas nessa superficialidade epidêmica que insistimos em propagar. No entanto, precisamos querer, fazer e melhorar
Esta é uma época que insinua nascimento, renascimento. Saíamos do aparente, vamos fazer com que todo esse brilho artificial momentâneo se dê de fato em nossas ações reais e continuadas. Não é uma tarefa fácil, porém, cada dia mais necessária. Um NATAL e um ANO NOVO de reflexão e
Gecildo Queiroz




