A cidade mais violenta do Brasil para os jovens é Itabuna, na Bahia, segundo reportagem do jornal O Globo desta quarta-feira.
“O governador Jaques Wagner deve uma explicação aos baianos”, cobrou nesta quarta-feira o deputado José Carlos Aleluia, vice-presidente nacional do Democratas.
Jovens do Norte e do Nordeste do Brasil estão muito mais vulneráveis à violência do que os do eixo Rio-São Paulo. Maceió é a capital mais violenta do país para quem tem entre 12 e 29 anos de idade, seguida por outras seis capitais dessas regiões. São Paulo é a mais segura para a juventude. O Rio é a oitava capital mais violenta e está na 64º posição entre as 266 cidades com mais de 100 mil habitantes.
O ranking foi divulgado pelo Ministério da Justiça e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que desenv olveu um indicador inédito, o Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência (IVJV), a partir de cinco diferentes indicadores sociais: taxa de homicídios, mortes em acidentes de trânsito, empregabilidade e educação, pobreza e taxa da desigualdade social.
Para Aleluia, a liderança da Bahia, com Itabuna à frente das cidades mais violentes do país, não supreende.
“É óbvio que o abandono da segurança pública nos últimos anos levaria ao caos. A inexistência de investimentos em inteligência, em pessoal, em equipamentos para a polícia, fatalmente comprometeria a segurança da população. Baianos e turistas pagam alto pela desídia do governo da Bahia”, disse Aleluia.
O parlamentar reconhece que o estado virou uma terra de ninguém. Enquanto bandos de marginais tomam de assaltam a população e até cidades do interior, o governador briga pelo poder com aliados.
“O goverenador Jaques Wagner ainda não entendeu que foi eleito para governar. Como iniciou mal o governo ao escolher para auxiliá-lo pessoas não qualificadas, com as exceções habituais, a administração do estado é desastrada e, para complicar o quadro, o governador ocupa o tempo em brigas intestinas. Vive às turras com ex-aliados, inclusive transformando a polícia em polícia política para perseguir desafetos. Enquanto isso, a população permanece entregue à própria sorte”, criticou Aleluia.
O estudo diagnosticou a exposição de jovens de 12 a 29 anos à violênc ia por meio do Índice de Vulnerabilidade Juvenil (IJV), desenvolvido em parceria com a Fundação Seade. O IJV mostra que o grau de exposição dessa faixa etária à violência é considerado muito alto em 10 cidades brasileiras.
“Entre essas dez cidades, além de Itabuna, estão Camaçari e Teixeira de Freitas. É inacreditável que três cidades baian as estejam entre as mais violentas do Brasil. Wagner deve uma explicação aos baianos”, provocou Aleluia.




