22 de dezembro de 2025

11 anos sem o inesquecível Dom Mário

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As pessoas cumprem sua missão na terra e morrem. Há choros na despedida e com o tempo as coisas tomam o seu rumo, a vida continua…

Com D. Mário tem sido diferente a cada ano. Os fiéis católicos, a Igreja tem sempre um motivo para lembrar a sua passagem por estas terras sertanejas.

Entre 1969, quando aqui chegou acompanhado do amigo Pe. Lourenço, até 1998 quando morreu, foram quase 30 anos de convivência com o povo sofrido desta região, dez anos como bispo de um território com quase 500 mil habitantes moradores de uma área, no seu tempo de quase 37 mil quilômetros quadrados e os baixos índices de desenvolvimento humano do estado da Bahia e do Brasil.


 


A comunidade de Paulo Afonso e todas as 21 paróquias dos 20 municípios da Diocese de Paulo Afonso vivem momentos de lembranças, lágrimas e muitas homenagens ao Bispo D. Mário Zanetta, falecido há 11 anos, em 13 de novembro de 1998, depois de ter sofrido um acidente vascular celebral em 4 de novembro, em sua residência episcopal neste município baiano.

Nascido em Santo Stefano di Borgomanero, província de Novara, no norte da Itália, em 29 de janeiro de 1938, Mário Zanetta ingressou no seminário em 1949. Em 1957 recebeu as “ordens menores” em 1961 foi ordenado diácono.

Em 22 de junho de 1962 foi ordenado sacerdote. Ficou alguns anos como vigário coadjutor na Itália e, aceitando o convite para ser missionário e no dia 24 de maio de 1969 ele e Pe. Lourenzo Tori chegam a Paulo Afonso.

Em 3 de fevereiro de 1973 Pe. Lourenço morre em acidente automobilístico em Paulo Afonso e Pe. Mário “recolhe a herança do trabalho do amigo” e segue em frente.

Acompanhou e muito contribuiu para o crescimento de Paulo Afonso por quase 15 anos. Foi, sobretudo um apaziguador, que intermediava os conflitos que eram intensos, sobretudo nas ações que envolviam reassentados da Chesf em Itaparica e sindicalistas nas greves pró melhorias de salários e benefícios junto à hidrelétrica do São Francisco e até nos confrontos que envolviam a polícia militar.

A ação do Pe. Mário Zanetta em Paulo Afonso, para muitos, ultrapassou o que se espera de uma liderança religiosa. Ele foi muito além. Construiu creches e escolas, encaminhou dezenas de pequenas atividades produtivas, foi solidário com movimentos de greves e protestos, edificou igrejas e capelas, construiu grupos e movimentos, formou centenas de lideranças.

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