O abraço da comunidade ao Hospital Nair Alves de Souza coincidirá com a data de aniversário da cidade. O presidente da Câmara de Vereadores, Antônio Alexandre, com toda a paixão que lhe é peculiar (política tem que ser feita com paixão), convoca os pauloafonsinos para o evento. O propósito é dizer à CHESF, com o abração, que Paulo Afonso e região não gostariam de ver o hospital estadualizado. Existe medo. O estado geralmente é mau gestor. A visão de estradas esburacadas e colégios sem verba para a manutenção diária fundamenta o medo. A CHESF que está na cabeça de Alexandre é aquela do doutor Alves de Souza que deixou o próprio coração O que o presidente da nossa Câmara de Vereadores gostaria de ver, para Paulo Afonso e para toda a região, era o propósito social da CHESF, como empresa cuja maioria das ações pertence ao governo, ser considerado como prioridade. O lucro pode vir; tem que vir, mas saúde é fundamental. A massa da energia para o Nordeste sai daqui. Também devemos dizer que o grosso do atendimento hospitalar tem sido, até agora, provido pela CHESF. Vamos falar um pouco de negociações. Negociações sobre o funcionamento e o financiamento do hospital estão Há que se argumentar forte; de preferência Ainda existe a técnica da gaveta. Quando parece não haver solução ou acordo, o melhor é não insistir. Deve-se postergar a discussão para mais tarde ou para o outro dia. O presidente Eisenhower às vezes dizia: Já batemos demais nesse cavalo. Vamos passar adiante
O que realmente não sabemos é se há tempo para postergarmos indefinidamente a solução dos problemas da saúde no Brasil. Na realidade, estamos tratando da saúde dos nossos concidadãos.
Francisco Nery Júnior