O diretor sócio-cultural do Clube Paulo Afonso, Sávio Mascarenhas, abriu o espaço conhecido como redondel, e o transformou em Espaço das Artes para que o artista plástico e arquiteto Hilson Costa fizesse ali, na noite da sexta-feira, 6 de fevereiro, a exposição de 40 aquarelas mostrando paisagens urbanas e rurais de Paulo Afonso e região da caatinga sertaneja.
Entre os que estiveram prestigiando o artista pauloafonsino estavam familiares, amigos, admiradores, escritores e outros artistas plásticos de Paulo Afonso.
.jpg)
Ali estavam desde as majestosas águas da Cachoeira de Paulo Afonso ao lado da imponente e centenária Usina Angiquinho, ao lado da ponte D. Pedro II sobre o cânion do rio São Francisco, ligando os estados da Bahia (Paulo Afonso) e Alagoas (Delmiro Gouveia).
Mas ali também estava o homem em vários espaços urbanos como o Belvedere, o corredor do Centro de Cultura Lindinalva Cabral e os logradouros como a Avenida Getúlio Vargas, com o prédio da antiga Gráfica Jatobá e a Catedral N.S. de Fátima, a Igreja de São Francisco numa inédita visão noturna, a ponte sobre o Canal de PA-IV, único caminho para a Ilha de Paulo Afonso.
Do Belvedere Hilton imortalizou alguns espaços e um deles chama a atenção porque está ali há mais de 30 anos e nunca mereceu esse foco na visão de um artista: a Kombi, antiga do Sr. Nelson que atende aos visitantes há mais de três décadas, todos os domingos, vendendo água de coco, rolete e caldo de cana, além de outros produtos. Seu Nestor, agora assessorado pelos netos e sua Kombi, serão personagens da página Histórias Sertanejas que João de Sousa Lima escreve para o jornal Folha Sertaneja todos os meses.
Todos os quadros em aquarela, de Hilson Costa foram elogiados por outros artistas ali estiveram com Carlos Alberto, Fátima Medeiros, Edson Churki e outros amantes da arte plástica.
.jpg)
Dentre os que ali estavam pelo menos dois temas chamaram a atenção especial deste editor do jornal Folha Sertaneja. E os dois remetem à paisagem rural da caatinga sertaneja.
Um quadro mostra uma criança tirando água do rio para encher os reservatórios transportados pelo jumento do sertão, animal quase extinto, substituído pela motos.
Uma sequência de 5 quadros mostra outra figura, considerada por Ariano Suassuna como “o príncipe das caatingas, o vaqueiro”.
E Hilson conseguiu dar a estes desenhos a condição do movimento do vaqueiro entre os arbustos retorcidos da caatinga, na pega dos bois, vestidos com suas “armaduras de couro”, como diz o poeta e escritor João de Sousa Lima em um soneto sobre este personagem sertanejo.
Entre que passaram e se encantaram com a amostra das aquarelas de Hilson Costa, registramos o próprio Sávio Mascarenhas e o presidente do CPA, José Paulo, os escritores Edson Barreto, Ivus Leal, João de Souza Lima, Antônio Galdino. Também Glória Lira, Soraya Diniz, Pedrinho, do jornal A Voz dos Municípios, professores, estudantes.
Dando uma força ao evento, ali também estavam Fabiana, gerente do Sesc Ler Paulo Afonso que cedeu todos os cavaletes para a exposição e está interagindo com o Sesc para abrir outros espaços para esta exposição em outras unidades do SESC.
A Exposição Paisagens Urbanas foi realizada no CPA, na sexta-feira, quando acontece todas as semanas a tradicional seresta do Clube que sempre leva ao CPA grande número de pessoas.
Muitos dos presentes, além de elogiar a iniciativa do Clube Paulo Afonso, disseram da expectativa deste Espaço das Artes ser utilizado regularmente para outras exposições como esta de Hilson Costa e também de outras formas de arte, com sugeriu o Professor Edson Barreto que é escritor e secretário da Academia de Letras de Paulo Afonso – ALPA. "Isso seria mais um projeto de sucesso da diretoria do CPA e, de seu diretor cultural e social, Sávio Mascarenhas, que também é escritor", disse o secretário da ALPA.
