16 de abril de 2024

Policiais de PE aparecem nas investigações como integrantes da quadrilha presa em P.A, diz capitão

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Em entrevista ao portal Minuto Sertão, o capitão Winston Santana, comandante da Companhia de Operações Policiais Especiais do Sertão (Copes-Caatinga), sediada em Piranhas, falou sobre a operação “Divisas” que envolveu o policiamento de ao menos três estados e resultou na prisão de nove pessoas na cidade de Paulo Afonso – BA, acusadas de integrar uma quadrilha acusada de roubo a bancos em Alagoas, Bahia, Sergipe e Pernambuco.

Segundo o capitão, que também comanda a 2ª Seção de Inteligência do Comando de Policiamento de Área do Interior (CPAI-1), apesar das prisões já efetuadas, a quadrilha ainda não foi totalmente desbaratada. O militar explica que durante os levantamos que a Polícia Militar realizou junto com o Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) e os setores de inteligência da Polícia Civil de Alagoas e Sergipe foram rastreadas algumas ligações de Josélio Ramos Lúcio, um dos presos da operação que era o articulador do grupo criminoso.

Nos áudios capturados, Winston revela que Josélio conversa com outros supostos policiais do Estado de Pernambuco e deixa a entender que os mesmos também fazem parte da quadrilha. O criminoso ainda aparece pedindo caminhonetes emprestadas a alguns amigos pernambucanos para utilizá-las nas investidas. Conforme o capitão, depois dos roubos, os veículos eram escondidos em Paulo Afonso, na Bahia.

Santana conta que Josélio tinha alguns critérios para atacar as agência bancárias e, um deles era evitar grande quantidade de comparsas para que o dinheiro do roubo não tivesse que ser dividido entre muitas pessoas, fazendo com que a parte de cada um fosse maior.

O bandido ainda seria responsável pela compra e até roubo dos explosivos, como bananas de dinamites e estopins, utilizados para explodir os caixas eletrônicos do bancos. Além disso, Josélio tinha influência com outras quadrilhas que agem em Sergipe, Bahia e Pernambuco e é suspeito de ordenar o assassinato daqueles integrantes do grupo que oferecessem perigo de estragar os planos da organização, o que seria queima de arquivo.

Winston Santana diz que as investigações que já duram meses continuam através da Polícia Civil em conjunto com a Polícia Militar e o Ministério Público Estadual (MPE), que age por meio do Gecoc. Ainda de acordo com o oficial, o delegado geral da PC, Carlos Reis, assegurou que os trabalhos vão continuar com o intuito de desbaratar toda a quadrilha que vem aterrorizando o Estado, principalmente nas cidade do interior.

O capitão garantiu que o empenho da Secretaria de Estado da Defesa Social, com todas as forças policiais integradas e mobilizadas, vai resultar na prisão de todos os integrantes da organização criminosa que já começou a ser desmantelada. Nenhum nome de suspeito foi divulgado para não atrapalhar o rumo dos trabalhos policiais.

A operação

A operação “Divisas” foi deflagrada no dia 30 de abril desse ano, com o objetivo de desarticular uma quadrilha que praticava assaltos a bancos em Alagoas, Bahia, Pernambuco e Sergipe. Dez mandados de prisão foram expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital e resultaram nas prisões de Valdevânio Monteiro dos Santos, Vanderlan Monteiro Melo, Valdemir Lopes da Silva; José Carlos Xavier de Souza, conhecido como "Boi", José Ronilson da Silva, o Negão"; Jeferson Barros Acácio, Josenildo do Nascimento Ramos, Edjair Ferreira Nogueira e Josélio Lúcio Ramos.

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