19 de dezembro de 2025

Como as árvores do Balneário de Glória, também as da Nova Rodoviária

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Estão renovando a Estação Rodoviária de Paulo Afonso. Muitos não a chamam de rodoviária, sabemos todos. Mas é ali que os ônibus param e nos conduzem em calvário para outras cidades. Os ônibus param, e é uma rodoviária.

Ano atrás, o governador aqui veio e trombonou a reforma da dita estação. Passamos por lá e vemos que parece ter começado. Começou a tão esperada e reclamada Reforma da Estação Rodoviária da Cidade de Paulo Afonso! O nosso povo é – bastante legitimamente – exigente. Compara a nossa rodoviária com, por exemplo, a rodoviária de Delmiro Gouveia, e se recusa a aceitá-la como rodoviária. Ele deve ter razão.

Pois foi anunciada a reforma. A primeira decepção foi – e vamos nos lembrar que alegria de pobre dura pouco – o montante reservado anunciado para a dita reforma (ainda lembrando que o que o pessoal desejaria mesmo seria uma Nova Rodoviária): R$1.000.000,00 (um milhão de reais). É muito pouco. Pouco pelas razões expostas. Um milhão, como vemos por aí, fica reduzido a muito menos quando vemos descontos de transferência de verbas, taxas bancárias, comissões, deduções, emolumentos, agrados… e vamos imaginando muitas outras coisas. Podemos dizer então, sem medo de errar, que o dinheiro foi (é) pouco. Vamos repetir que pouco para as nossas expectativas reprimidas.

Não. Não somos mal-agradecidos. Não somos. Sabemos que os governantes têm que separar um bom montante do que arrecadam para pagar os juros das suas dívidas; das dívidas que não são nossas, mas deles. São eles que as fazem em nosso novo. Legalmente, bonitinho, segundo as regras, vigiados pelas competentes e legítimas câmaras dos nossos representantes. Eles procuram reduzir a nossa angústia denominando o dinheiro retido, que poderia estar minimizando os nossos aperreios, de superávit primário.

Foram erradicadas algumas árvores frondosas e belas que proviam sombra para os bravos taxistas e motoboys, além dos viajantes, na frente da nossa agora já velha conhecida rodoviária. Vamos nos lembrar que erradicar significa arrancar pela raiz, sem nenhuma chance de recuperação. Arrancaram provavelmente porque elas estavam no meio de algum projeto novo.

Até que arranquem. Que arranquem mesmo. Ganharemos todos com isso… contanto que eles se lembrem que quem arranca uma árvore está obrigado por lei a plantar pelo menos duas novas árvores. Por lei! Teremos, então, o dobro das árvores que tínhamos na frente da nossa rodoviária. Rodoviária, sim, queiram os amados leitores ou não.

O mesmo arrazoado se aplica para o Balneário de Glória. Plantaram poucas novas árvores para compensar as velhas, amadas e conhecidas anteriores. Plantaram poucos coqueiros na praia; na borda das águas do Velho Chico. Que se plantem mais. É o que parecem estar dizendo ao se arrebentar mansamente aos nossos pés.

Francisco Nery Júnior

 

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