Por Maria Estela Nogueira de Matos (estelamatos10@gmail.com)
Começou na direção da DIREC como se estivesse eternamente de “terno e gravata” e impressionou. Fez pose e discurso moralista, deu ordem até no Deputado que o indicou, apareceu como o próprio salvador da pátria. Posou de homem sério, disse que lá não haveria mais ingerência política, que todo mundo ia “andar” igual, que acabara a era dos desmandos e das falcatruas. Depois promoveu uma verdadeira caça às bruxas. Falou o que quis, escutou o que não queria. Daí foi posar de vítima, falando que era perseguido, isso e aquilo. Em menos de um mês já havia mudado o “figurino”.
Aposentou o imaginário “terno e gravata” desnecessários e foi trabalhar de camisa com gola aberta, bem normal, como todo mundo. Porém, talvez, deixou o poder subir à cabeça. Se submeteu a prova para DIRETOR das Escolas do Estado e humilhantemente foi REPROVADO. Interferiu no processo de eleição direta nas escolas, declarou apoio a candidato(a) X e a candidato(a) Y, negou dar posse a candidata
Perseguiu diretores, professores, interferiu na condução dos trabalhos diretivos em determinada escola, que culminou com o pedido de exoneração do Diretor. Disse que não era bem aquilo, que mais uma vez era perseguido, se fez de coitado. Daí encenou mais uma firula dizendo que a pressão era intriga dos “companheiros” de outra facção petista.
O tempo passou e ele lá ainda. Ficou, e agitou, e promoveu reunião com a uma das alas petistas da qual faz parte, e promoveu abaixo-assinado para o Secretário Estadual de Educação, e pintou, e bordou. Tudo isso tentando se segurar no cargo. Nada.
Este personagem é o agora exonerado (e já não era sem tempo) diretor da DIREC, Pedro Fernandes, que deveria dar o exemplo. Mas não o mau exemplo. Agora, se não gosta de ser fiscalizado, deve voltar a ser cidadão comum, como você e eu, que paga imposto. Agora é servidor lotado na DIREC: terá novo chefe; os seus antigos subordinados agora serão colegas de trabalho.
E não o temerão mais. E não terão que distribuir sorrisos forçados e nem cumprimentos indesejados. E a vida volta a tomar o seu curso normal.
Resta saber se de tudo isso ele tira uma lição para a própria vida: que a caravana passa e os cães ladram; humildade é a maior virtude do ser humano e nada é para sempre: nem quando temos o poder do nosso lado podemos dizer que somos imprescindíveis ou eternos!