Criou-se uma verdadeira operação nas ruas de Ilha Solteira e Itapura. Parece coisa de filme. Quase não dá pra acreditar, mas é o que realmente está acontecendo. São jovens sendo revistados, detidos… Aqueles que não acatam a decisão de não circularem pelas ruas no horário estabelecido são levados ao Conselho Tutelar, de onde só saem com os pais.
Fernando Antônio de Lima, 30 anos, é o juiz da Infância e Juventude de Ilha Solteira. Para ele deve haver um limite de horário imposto para que esses jovens possam dormir e estarem em casa, tendo assim um bom rendimento escolar. A iniciativa toma como exemplo a cidade paulista Fernandólis, onde desde que o toque de recolher foi adotado há quatro anos, o número de crimes envolvendo menores diminuiu 60%.
O toque de recolher gera bastante polêmica. De um lado estão aqueles que veem na iniciativa uma forma de diminuir os crimes envolvendo jovens e o aumento do rendimento escolar. Do outro lado estão os jovens e aqueles que veem que essa iniciativa tira a liberdade de ir e vir. Para eles nesse caso não é a justiça que tem que determinar o que é certo ou errado para os jovens. Se o jovem quer ficar na rua até mais tarde, ele saberá que sofrerá consequências, cabe a ele escolher o que acha melhor pra si.
Os jovens obviamente são os que mais discordam da ideia. “Na verdade, não é questão de ganhar, é questão de lazer. Para quem estuda muito, complica”, responde Ítalo, morador de Ilha Solteira, de 17 anos. “Final de semana eu tinha que sair, curtir um pouco, para aliviar a cabeça. Domingo poderia prevalecer. Mas sexta e sábado, deveria ser liberado”, completa o jovem.
E você? O que acha dessa iniciativa, funcionaria aqui