O Prof. Diógenes Barbosa Santos, professor do Curso de Biocombustíveis do Campus de Paulo Afonso do IFBA, professor e pesquisador da área de culturas energéticas, chama a atenção para a necessidade de cautela no uso de defensivos agrícolas em matéria publicada no Caderno de Agronegócios do Jornal A Tarde de 10 de junho de 2013, assinada pelo jornalista Donaldson Gomes.
O artigo versa sobre o uso do benZoato de emamectina no combate à lagarta Helicoverpa armigera, recente praga nas lavouras brasileiras, com prejuízo de R$2 bilhões desde fevereiro de 2012, segundo estimativa da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba).
Diógenes Barbosa, Mestre em Geociências pela Universidade Federal da Bahia, ano de 1993, com estágio de seis meses no kibutz Shefayim, e bolsa de estudos concedida pelo Governo de Israel no ano de 2003, enumera uma série de riscos envolvidos no uso do benZoato, um produto não registrado no país: riscos para o meio ambiente em geral – como o solo, o ar e a água-, riscos para a saúde dos aplicadores e trabalhadores rurais, para os consumidores e mesmo para a cadeia alimentar com o comprometimento de outros insetos e predadores da praga.
O Prof. Diógenes desenvolve atualmente trabalho de pesquisa de adaptação da cultura do dendê irrigado na região do semiárido da Bahia como alternativa sustentável para a produção de biodiesel com geração de emprego e renda, além de promover o reflorestamento do semiárido com uma espécie perene. Sobre o benZoato de emamectina, ele acrescenta: “Não é porque deu certo na Austrália para controle de pragas de tomateiro, que é um alimento, que vai dar certo na cultura do algodão, que é uma fibra. Há de ser considerada a complexidade da cadeia alimentar de cada país, sobretudo no Brasil que é essencialmente tropical”.
