Enquanto se discute de quem é a responsabilidade a Prainha agoniza em meio a poluição causada por lixo e baronesas. Até quando?
POR ITAÍBES PAIVA
Quando uma área pública, como a Prainha, é negligenciada, isso pode ter um impacto negativo na experiência dos usuários e na qualidade de vida da comunidade local.
É lamentável o que vem enfrentando um ponto turístico de grande apelo popular que outrora abrigava milhares de pessoas assistindo competições de velas e participando de shows. Hoje nos deparamos com uma imensidão verde de baronesas tomando toda área de banho, lixo espalhado sobre elas e um mau cheiro que pode ser confundido com esgoto.
Uma questão que está afetando negativamente a qualidade de vida dos usuários prejudicando o comércio e degradando o local. E o que mais chama atenção é o completo desrespeito a uma área maravilhosa esquecida pelas autoridades.
A Prainha, como área de lazer e turismo, é um recurso valioso para a comunidade. As baronesas, o lixo e a poluição estão afastando turistas e visitantes, prejudicando a economia local, especialmente para aqueles que dependem do local como fonte de renda.
Será que as autoridades constituídas e responsáveis pela gestão da área em nossa cidade têm a verdadeira noção dos impactos negativos da presença das baronesas para a comunidade local e usuários que desejam utilizar o local como área de lazer?
Mas, o que esperar dessas autoridades? Apenas que assumam a responsabilidade de sua manutenção e preservação adequada da área. Seria pedir muito?

DA REDAÇÃO – Para tentar resolver o problema das baronesas na Prainha, no dia 30/03/2022, o juiz federal João Paulo Pirôpo de Abreu homologou acordo, que dentre outras responsabilidades (veja abaixo), ficou estabelecido que caso chegasse novo volume de plantas no local, a Prefeitura iria informar nos autos do processo e a Chesf ficaria responsável pela retirada.
Ficou decidido que:
- 1) a Chesf fornecerá, no prazo de 20 dias, maquinário adequado e suficiente para a retirada e transporte das baronesas;
- 2) o Município de Paulo Afonso fornecerá a mão de obra necessária para a retirada e transporte das baronesas;
- 3) as baronesas serão colocadas em local definido de forma técnica pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Paulo Afonso;
- 4) a Chesf apresentará, no prazo de seis meses, projeto de contenção visando evitar ou minorar novos acúmulos de baronesas;
- 5) O Município de Paulo Afonso informará nos autos eventuais novos acúmulos significativos de baronesas;
De acordo com o Assessor Especial da Prefeitura, Geraldo Carvalho, sobre o item 5, “já foi informado duas vezes, em dezembro/2022 e em março 2023. O processo está concluso para decisão do juiz”.