29 de março de 2024

Paulo Souto e Cenário Político na Bahia

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Mais do que um reação verdadeira contra o eventual ingresso de Paulo Souto (DEM) no PSDB, as declarações do senador democrata ACM Jr. condenando a iniciativa estariam a indicar que o grupo genuinamente carlista no partido pode estar descontente com o modelo de operação adotado pelo ex-governador para deixar a legenda.


Além de não ter participado abertamente ao senador e a seu filho, o deputado federal ACM Neto, sobre as tratativas para ingressar no novo partido, Souto teria deixado que o ex-prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo, assumisse diretamente as articulações sobre o seu futuro político, irritando os democratas.


Nesta tarefa, José Ronaldo teria passado a procurar, inclusive, prefeitos no interior do Estado originalmente da base dos Magalhães. O movimento teria sido interpretado como uma estratégia do ex-prefeito de Feira para se viabilizar como uma segunda opção de candidatura ao governo no DEM, na hipótese de Souto decidir disputar o Senado.


No processo, o ex-governador teria se afastado até do deputado federal José Carlos Aleluia, tradicionalmente no DEM um conselheiro de Souto em questões específicas de articulação política. “Se Souto decidir se movimentar individualmente, irá por sua conta e risco para o PSDB”, disse ontem uma fonte do Democratas ao Política Livre.


Segundo ele, não é improvável que, num eventual cenário de desentendimento interno, os carlistas optem, inclusive, por uma solução nada ortodoxa, a exemplo de apoio, por exemplo, a uma eventual candidatura do PMDB ao governo, onde despontam os nomes do ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) e do prefeito João Henrique.


Teria sido o que sinalizou claramente o senador ACM Jr. ao condenar ontem, em nota, o ingresso de Souto no PSDB. “(…) é melhor que a eleição nacional esteja apartada das eleições estaduais, para que o próprio Democratas tenha liberdade para fazer as composições locais que lhe dê a melhor condição de disputa”, afirmou.


Neste caso, não estaria descartado voltar à cena de novo a candidatura ao Senado de ACM Jr., cuja desistência de concorrer à reeleição fora apresentada pelos carlistas como uma prova de que gostariam de fazer tudo para facilitar as composições com vistas à organização da candidatura de Paulo Souto ao governo.


Política Livre 


 


  

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