O diretor-presidente da Chesf, João Bosco de Almeida, ao apresentar as metas da empresa para os próximos anos, declarou, a propósito do desenvolvimento tecnológico: "A Chesf precisa observar e se fortificar na exploração de fontes alternativas, com destaque para as energias Termo-Solar e Eólica. O custo da energia Termo-Solar está se tornando competitivo (e o setor privado tem se mobilizado no sentido de construir mercado dessa fonte), e não resta dúvida de que em pouco tempo essa fonte de energia assumirá papel relevante na matriz energética brasileira [segundo o presidente, os investimentos da Chesf em 2012 somam R$ 350 milhões]. Assim, surge uma oportunidade grandiosa para a Chesf."
E para Paulo Afonso. Temos pontos de coleta de vento na Serra do Umbuzeiro e nas montanhas de Glória, e temos muito, muito calor em nossa cidade (evidente que estudos técnicos mostrarão o melhor caminho). O Criador nos compensou com uma incidência solar invejável, sem dúvida alguma. Aí está uma nova oportunidade para nós outros; viável, factível e palpável. Bosco pegou o passarinho no ar, o mesmo Bosco que afirma "entretanto" ser necessário que haja "mais disciplina dos gestores de primeiro nível (diretores e a própria Presidência) no monitoramento da gestão".
O presidente sabe o que diz. Não diria se não soubesse. Lembro o engenheiro Bosco, ainda novo, neófito na Chesf, a andar pelo corredor do Colepa após uma aula de inglês comigo. Andava e comentava sobre o perigo de se estabelecer metas muito grandes; faraônicas, distantes ou duvidosas. Ele alertava para o perigo do não cumprimento e da decepção. O Bosco que agora levanta a possiblidade da nova exploração sabe o que está dizendo por força de estrada. E nisto confiamos. E por isso pressionamos, nós de cá, parentes e amigos.
Então, gestores de Paulo Afonso, com "mais disciplina", levantemos todos a bandeira do parque Termo-Solar e Eólico de Paulo Afonso.
Francisco Nery Júnior