Por Antônio Galdino (Folha Sertaneja)
Tá chegando o São João! VIVA ENOCH DO ACORDEON!
Nos grupos do WhatsApp, que são o nosso correio mais moderno e rápido nos dias de hoje, corre a notícia, que se espalha ligeiro que morreu Enoch do Acordeon.
E isso acontece no momento em que a Prefeitura anuncia que o São João deste ano, será minguado, sem atrações nacionais porque não tem dinheiro para isso e que, porque a prata da casa recebe um tiquinho do muito que vai para os nomes nacionais, a festa será feita com esses valores da terrinha mesmo.
Certamente que, se estivesse bem de saúde, o grande Enoch do Acordeon, assim como outro grande e quase esquecido Deca do Acordeon e tantos outros sanfoneiros que nos dias das festas juninas às vezes são lembrados para tocar numa festinha da escola, pra animar um arraial de ponta de rua, pra ir animar a moçada e os mais velhos também nas festas da zona rural onde o Santo Antônio, São João e São Pedro, com direito a fogueira, canjica, pamonha e milho assado na brasa, se mantêm vivos pelos que realmente valorizam esses tempos…
Lembro de Enoch do Acordeon, com senho fechado que parecia estar com raiva, e trazia dentro do peito um coração de manteiga derretida.
E, com a sanfona no peito ele era a autoridade maior no palco. E a sanfona choradeira mexia com o povão, desenferrujava joelho de velho e a festa estava garantida.
Mas, chegou o seu dia, como acontecerá com todos nós. A sanfona ficou calada. Foi como se, no meio do forró, o sanfoneiro fosse embora e ficasse no ar apenas os acordes das últimas estrofes do último xote, forró, baião, o que fosse, desse montão de ritmos nordestinos que os dedos ágeis de Enoch encontrava nas teclas de sua sanfona e agitava a multidão que se espremia no Vila do Forró construída na avenida principal da cidade.
Foi-se encontrar com Mama Vitória, com Luiz Gonzaga, com Dominguinhos, com Lalau, com Turpim com músicos das terras de Paulo Afonso e do Brasil, todos exaltando as belezas das tradições sertanejas, muitos deles tão pouco reconhecidos e valorizados, humilhados até por gente que vem de fora e não toca nem canta quase nada, mas é famoso…
Deixamos a sugestão que pelo menos, na programação junina de Paulo Afonso, o nome de Enoch do Acordeon, seja o grande homenageado, mas não uma coisinha à toa, um cartazinho. Que se pense em coisa grande, para homenagem um grande animador desta mesma festa, por tantos anos e que nos deixa, às vésperas dos Festejos Juninos de 2019.
Tá chegando o São João! E viva Enoch do Acordeon!
Ótima idéia
Ele merece mais que isso homenagem de primeiro mundo
Vá com Deus meu amigo enoc que elimine seu caminho
Basta morrer para sensibilizar!!! Kkkk
O cara, nunca, foi reconhecido.
Descanse em Paz nobre Enock. Estas homenagens são de corações que jamais te valorizaram.
Aonde estiverdes, sei que farás cara de “tô nem aí!!!”.
Não desmerecendo a ideia e a homenegam do amigo professor Galdino. Apenas mantendo minha opinião que acabei de postar em meu face. Que as pessoas e principalmente os artistas( me refiro aos de Paulo Afonso) deveriam ser mais reconhecidos em vida, tem mais valor, homenagens não póstumas. Se paga miséria, não há um patrocínio digno para se fazer um trabalho tipo CD, DVD algo assim. Falo isso em todos os seguimentos, públicos e privados. Sei do sofrimento do amigo Enoque. Tanto financeiro, quanto na saúde. E o vi sem apoio e sem reconhecimento nesta hora. Até que a doença o levou. Agora, como postei no face, vai aparecer mil homenagens. Acho que a maior homemegem, não seria festa com seu nome, nem ruas ou placas. Procurem a família e irão ver do que estou falando. Me desculpem o desabafo. Mas digo isso agora porque conversei com ele, e pude sentir o sofrimento, não só na saúde de um artista da nossa cidade, mas de outros problemas que o abateu. E assim meu amigo, o farei por qualquer outro que caia no esquecimento. Em quaisquer seguimento. VAMOS VALORIZAR O ARTISTA E O HOMEM EM QUANTO VIVO!
👏👏👏👏 parabéns Geraldo pelo seu comentário, eu também muitas vezes que falava com o mestre da sanfona o inesquecível Enock ele falava desse relato, de que os artistas da terra não era valorizado, quando tocava nas festas passava de meses para receber merrecas, mas quando os artistas de fora tocava na cidade, já se apresentavam com dinheiro no bolso. Eu falava para ele não abaixa a cabeça amigo, faça o que você mais gosta e sabe muito bem, para eles você não tem nome mas toca muito melhor de que os artistas deles com nome. Descanse em paz meu amigo Enock.
Enock merecia ser homenageado em vida, e não depois que morre.
É como vcs estão comentando se os empresários, políticos é o publico em geral nunca valorizou e nem ira valorizar os artista da terra.e porque ser homenageado depois de ir a óbito.
Certíssimo Geraldo Carvalho ia ser esse meu comentário.
Geraldo Carvalho e amigos. De fato, concordo com o pensamento de Geraldo e de outros. O grito que dei, de pedido de homenagem, foi a forma que encontrei, na hora da emoção, tão logo soube da notícia, para que, de fato, as pessoas não fossem esquecidas e pouco valorizadas como deixo claro no meu texto. Apenas um reconhecimento do seu real valor. Infelizmente temos visto muito essa pouca valorização de pessoas que têm se doado por esse município, em várias áreas. Quis dizer, conhecendo Enock, Deca, assim como conheci e muito convivi com Abel Barbosa e conheci outras pessoas – que a minha idade já me permite dizer isso, que é muito triste pessoas como estas e muitas outras não merecerem em vida o apoio e o reconhecimento. É muito triste ver tantas pessoas, muitas delas beneficiadas por outras, como muitas foram beneficiadas por Abel Barbosa, e terem memória tão curta. É muito triste essa nossa dura realidade. Abraço fraternal para todos.
Eu fico a esperar o resultado da sugestão do nosso amigo Antonio Galdino a respeito da homenagem ao nosso orgulho musical e espero que não fique apenas, a idéia e se aproveitada, que seja um reconhecimento justo e para ssmpre.
vai com deus