21 de dezembro de 2025

“Paulo Afonso não pode receber toda essa carga”, diz ambientalista sobre proliferação de baronesas no Rio São Francisco

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REDAÇÃO - PA4.COM.BR COM TEXTO E FOTOS DA ASCOM/PMPA




 

 

A Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco compreende 2.750 quilômetros de extensão, distribuídos em cerca de 500 municípios ribeirinhos. Um problema vem causando transtornos e diretamente afeta o leito desse manancial – as baronesas , plantas que alimentam-se de dejetos que são despejados na água.

 

De acordo com o ambientalista Silvano Wanderley, o problema dessas plantas é de esfera federal. “O Rio São Francisco é um manancial em esfera nacional, pela representatividade que abrange a nível nacional. O que falta, na verdade, são políticas públicas de tratamento dos afluentes, ou seja, cuidar do saneamento básico dos municípios”, afirma.

 

Ele também ressalta que essa iniciativa tem que partir do Governo Federal, junto aos municípios que, de maneira integrada, podem encontrar a solução para o problema da poluição no Velho Chico. “O Ibama tem um papel fundamental nesse processo que precisa ser encarado de frente. O que não pode é o município de Paulo Afonso, na ponta da corda, receber toda essa carga”, acrescenta.

 

O cuidado com o rio através da população também faz parte das ações de prevenção da qualidade da água. Cada cidadão, segundo Wanderley, deve ter consciência da importância do São Francisco.

 

“Toda produção de lixo que vai para o leito, as pisciculturas que em muitos casos não dispõem de biólogos para que seja feito um estudo das condições da água, oxigenação e os cuidados com o rio. Todos esses fatores influenciam no aparecimento das plantas aquáticas”, enfatiza.

 

Silvano Wanderley diz que existe um caminho para a solução do problema e que ele precisa ser discutido entre os municípios que compõem o leito do rio na Bahia, Alagoas e Pernambuco.




 

Força-tarefa

 

Desde o surgimento do problema, há cerca de um ano, a gestão municipal está empenhada em retirar as plantas aquáticas do Balneário Prainha, no canal PA IV. Na manhã desta segunda-feira (25), a área estava quase limpa, livre das plantas.

 

Homens e máquinas revezam-se diuturnamente para devolver a área de lazer ao seu molde natural. No ano passado, a Prefeitura de Paulo Afonso instalou um cabo de contenção das plantas para evitar que chegassem à margem do rio.

 

O corte do cabo de contenção, numa ação de vândalos, fez com que as baronesas invadissem toda a área de banho. Ao tomar conhecimento do ocorrido, a administração municipal, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, registrou Boletim de Ocorrência junto à Delegacia para que as autoridades competentes possam investigar o que de fato aconteceu. Para a retirada das baronesas, homens e máquinas estão realizando a limpeza para que o problema seja revertido o mais breve possível.

 







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COMENTÁRIOS

Comentários 13

  1. Viuva Chata says:

    Silvano Wanderlei engenheiro ambientalista!!?
    Kkkk. Onde é a fábrica de fazer canudo hein!!? Sei ñ viu

  2. Marcio says:

    É muito triste que as pessoas não colaborem.. sabotar o trabalho dos outros é muito baixo. Imagina o tanto de dinheiro que poderia ser investido em outro lugar da cidade..

  3. Ribeiro says:

    1o o problema de poluição começa desde a nascente (alto são Francisco), 2o o profissional mais capacitado para monitorar os empreendimentos aquicolas sem desfazer dos biólogos são engenheiro(as) de pesca, 3o essa corda de contenção não resolve em nada o problema, apenas mantém as macrófitas fora da área de lazer creio que as mesmas acabam se concentrando nas encostas das hidrelétricas continuando a ser um problema.

  4. jonas lima says:

    parabens a prefeitura por se preocupar com o nosso rio. e que a embasa se empenhe em tratar os esgotamentos para nao poluir nosso rio. parabens aos ambientalsta por está sempre presente em minha linda cidade parabens a adiministracao publica a dr. luiz de Deus e sua equipe de trabalho atenciosamente jonas lima.

  5. Hugo Quintella says:

    Parabéns meu grande amigo pelas informações.

  6. TORA, TOTA, TORA... says:

    Vamos parabenizar a CHESF pelo grande empenho de produzia esta baronesas para prejudicar o VELHO CHICO.
    Não esqueçamos também os serviços de esgotos das cidades ribeirinhas do São Francisco pois eles contribuem com adubação para melhor proliferação da plantação da CHESF nas bacias de retenção das águas.
    Isso é que é a capacidade do meio-ambiente.

    • Eu não disse? says:

      Não entendi. Como a CHESF produz esta planta?

      • Pepê says:

        O problema do rio todos sabem,mais escondem,criação de tilapias,toneladas de sobras de ração e fazes das tilapias jogadas no rio.

  7. Confúcio says:

    A quantidade de baronesas que está por vir é o triplo do que está sendo retirado da prainha, a barragem Luiz Gonzaga está lotada de baronesas. Vamos aguardar.

  8. Cidadão de olho says:

    Interessante, cobram a falta de Biólogos nas psiculturas para estudos das condições da água, mas a própria Secretaria de Meio Ambiente de Paulo Afonso não tem Biólogos atuando. Quem faz essa análise pela SEMA? Os cargos de ajeitadinhos políticos? Palhaçada!

  9. Clarissa Santos says:

    Silvano va alem de suas forcas e corra atras dessa solução que pelo visto muitos não colaboram pra chegar até lá mais na frente. Cada um de nós quando temos a condição de se valer uma idéia e poder executá-la, é obrigação nossa de enfrentar todos os obstáculos até chegar ao objetivo. Torço para que sua fala seja ouvida e que se cumpra o que de fato é urgente e necessário.

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