22 de dezembro de 2025

Aneel aprova aumento de 42,8% na conta de luz a partir de novembro

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REDAÇÃO - PA4.COM.BR

Linhas de transmissão de energia elétrica gerada em Itaipu – Dado Galdieri / Dado Galdieri/Bloomberg/18-10-2012

BRASÍLIA — A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, nesta terça-feira, um aumento de 42,8% no valor cobrado pela bandeira vermelha no patamar 2. A taxa extra na conta de luz cobrada nesse caso sairá de R$ 3,50 para R$ 5 a cada 100 kilowatts-hora consumidos. A decisão já valerá para o mês de novembro, quando essa bandeira deve continuar em vigor.

 

 

A decisão da agência de energia elétrica foi tomada diante do baixo nível dos reservatórios, que estão em patamares mais baixos que o registrado durante o racionamento de 2001. Como O GLOBO mostrou na edição desta terça-feira, o uso de usinas térmicas afasta o risco de racionamento, mas deixa a conta de luz mais cara. A Aneel também alterou o valor de outros patamares de bandeiras tarifárias.

 

A bandeira tarifária amarela passará de R$ 2 para R$ 1 cobrado a cada 100 kilowatts-hora consumidos. A bandeira vermelha patamar 1 continuará em R$ 3. Quando a bandeira verde está em vigor, não há taxa extra nas tarifas de energia elétrica.

 

 

— A proposta passe a valer imediatamente para dar estabilidade à bandeira de novembro — disse o diretor da Aneel Tiago Correia.

 

A decisão da Aneel ainda passará por audiência pública. Em seguida, os diretores da agência voltarão a se reunir para tomar uma decisão final sobre o assunto, podendo alterar aspectos técnicos da proposta.

 

SALDO NEGATIVO É DE R$ 1,7 BILHÃO

 

O saldo negativo da conta das bandeiras tarifárias hoje está em R$ 1,7 bilhão, segundo a Aneel. No início de todos os anos, a Aneel muda o preço das bandeiras. Dessa vez, a agência foi preciso antecipar já para novembro o aumento por conta da situação dos reservatórios.

 

— Colocamos em vigência a partir de novembro dado a situação severa dos reservatórios. Esperamos que venham chuvas, porque o sinal que se temos é que dificilmente sairemos da vermelha patamar dois em novembro. A situação hídrica é, de fato, crítica. Estamos indo para o quarto ano consecutivo de nível de armazenamento em baixa — disse o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino.

 

Mesmo com o nível das barragens lá em baixo, o governo garante que não há risco de racionamento.

 

— Não há risco de desabastecimento, temos outras fontes de geração de energia. Mas cada vez mais temos que acionar usinas caras — disse o diretor da Aneel.

 

A mudança na forma de acionar a bandeira dará menos volatilidade ao modelo, agora mais fiel ao nível de armazenamento, ressaltou Rufino.

 

SISTEMA REPÕE GASTOS EXTRAS COM TERMELÉTRICAS

 

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 pela Aneel como forma de recompor os gastos extras com a utilização de energia gerada por meio de usinas termelétricas, que é mais cara do que a de hidrelétricas. A cor da bandeira é impressa na conta de luz (vermelha, amarela ou verde) e indica o custo da energia em função das condições de geração de eletricidade.

 

Quando chove menos, por exemplo, os reservatórios das hidrelétricas ficam mais vazios e é preciso acionar mais termelétricas para garantir o suprimento de energia no país. Nesse caso, a bandeira fica amarela ou vermelha, de acordo com o custo de operação das termelétricas acionadas. É o que está ocorrendo neste ano, quando os níveis dos reservatórios das hidrelétricas de todo o país registram baixas históricas.

 

Para fazer a mudança, a Aneel argumenta que a conta das bandeiras em 2017 está deficitária. Ou seja, o valor arrecadado com o sistema, que aplica uma taxa extra nas contas de luz, não está sendo suficiente para cobrir a alta no custo da geração de energia provocada pelo uso mais intenso das termelétricas. Por isso, a decisão de aumentar o preço das bandeiras já em novembro. Normalmente, a revisão desse mecanismo ocorre no início de cada ano.

 

Além de aumentar a taxa extra das bandeiras, a Aneel fez uma mudanças na forma como esse sistema é acionado. Atualmente, o acionamento de cada bandeira é muito sensível aos preços no curto prazo e à previsão das chuvas para as semanas seguintes.

 

O problema é, quando chove menos que o previsto, o sistema fica “descalibrado”, recolhendo menos que o necessário bancar o custo das usinas térmicas mais cara e enviando ao consumidor um sinal errado sobre a situação do setor. Agora, a Aneel vai deixar o modelo das bandeiras tarifárias mais suscetível ao nível dos reservatórios — que levam o governo a acionar mais térmicas.

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COMENTÁRIOS

Comentários 3

  1. Golpista says:

    “Todo sofrimento para povo idiota e Besta é pouco”!

  2. PAULO Afonso says:

    Era só tirar Dilma! Eita Brasil de quadrilhas

  3. Grandes verdades says:

    Não compreendo essa forma absurda de sofree reajuste na conta de luz ,acham pouco as situações que a população passa, com muita dificuldades financeiras e ainda por cima vem colocar mais aumento na conta de luz . Não é novidade que essa agência de geração de energia vem causando aumento durante o ano todo, sem contar que a energia já houve um aumento de umas 4 vezes só ano, assim como também nos postos de combustíveis, também está sendo um abuso, quanto aumento, e nada de o salário do trabalhador melhorar, soh causando situações desagradáveis e sofrendo com a crise do país.
    Isso é uma vergonha para nós brasileiros, e o governo é um safado que nada faz, além de só roubar e acabando de ferrar com pessoas .
    Esse inútil deve ser excluído imediatamente da presidência.

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