
O senhor Antônio de 91 anos, pernambucano de Tacaratu, chegou em Paulo Afonso há três meses, e desde então mora nas ruas, precisamente na rodoviária. Sua história ganhou as redes socais e muitas pessoas têm ido ao encontro dele para ajudá-lo.
Nesta segunda 02, o repórter do PA4, Carlos Alexandre esteve com ele, para averiguar se é mais um caso de abandono. Pelo que foi dito, não.
“Eu cheguei aqui há mais de três meses, vim tirar a 2ª via da minha carteira de identidade, gostei e fiquei”, explicou seu Antônio e acrescentou que veio à cidade porque aqui se tira o documento mais rápido.
“Aqui o pessoal ajuda, não falta nada, nada, nada, eu durmo no chão limpo, tenho essa coberta”, mostrou ao repórter. Alexandre quis saber se seu Antônio está comendo e quem lhe traz comida?
“Todo dia no popular, é barato, 3 reais o almoço e quando eu não vou pra lá as pessoas me trazem”. Antônio diz que foi casado e que tem três filhos. Segundo o idoso, ele tem uma irmã que mora em Glória-BA, que se chama Vitinha, que quer levá-lo para junto dela, porém, ele não aceita, só quer voltar para Tacaratu.
Mais cedo, circulou pelo Whatsapp um áudio de uma funcionária da prefeitura de Tacaratu, possivelmente, assistente social, e esta detalhou como é o relacionamento do idoso com a família:
“O caso do idoso nós não podemos fazer nada, segundo a família, ele é instável, não quer ficar em lugar nenhum, e onde as pessoas querem cuidar dele, ele não aceita ficar (…) o período que ele ficou em Glória, foi cuidado e o pessoal de Glória quer ele lá para ele não ficar na rua, mas como ele não aceita dar seu cartão para que as pessoas tirem o seu dinheiro, ele fica na rua, tira e muitas vezes é roubando, várias pessoas já foram até ele, mas ele não quer ficar em Glória.”





Por onde anda o Poder Público que não toma providências com os moradores de rua. cidade de Paulo Afonso não tem sequer um albergue para acolher e depois contactar com família. Chega ao conhecimento da imprensa, mas não chega ao conhecimento das entidades responsaveis para solucionar problemas sociais.
Esse senhor já está lá há mais de uma ano. Eu pegava ônibus todo semana na rodoviária e o via por lá. Cheguei a conversar com ele e ajudá-lo e orientá-lo a ir à prefeitura procurar um lugar para ficar. Ele dizia que estava esperando a greve do INSS na época terminar para poder recadastrar um documento. Segundo algumas pessoas, parecia opção dele ficar por lá mesmo.
Eli tem seis anos que mora na rua