Política Livre:
As especulações sobre a eventual indicação do senador Francisco Dornelles (PP-RJ) para vice do presidenciável tucano José Serra acenderam o sinal amarelo na articulação política do governo Jaques Wagner (PT)
A avaliação é que, como presidente nacional do PP, Dornelles pode encaminhar o partido para uma aliança com Serra, atrapalhando não apenas a atual aliança na Bahia da legenda com o governo, como sua participação na chapa da reeleição do governador.
O governo já ouviu do presidente do PP na Bahia, Mário Negromonte, que a chance de um eventual retrocesso na relação entre eles no Estado é zero. Negromonte se baseia no fato de que, segundo seus cálculos, entre 75% e 80% dos diretórios regionais do PP estão com a candidata de Lula, Dilma Roussef (PT).
Seria motivo suficiente para, na eventualidade, de, nacionalmente, o PP se encantar definitamente com Serra, o partido liberar os Estados para as coligações que achar convenientes.
Pode ser. Mas como na vida e na política tudo é possível…
O deputado federal Mário Negromonte, presidente estadual do PP, considera “mera especulação” a possibilidade de entendimento para que o senador da sua sigla Francisco Dornelles (RJ) seja o vice da chapa presidencial de José Serra (PSDB).
De acordo com o parlamentar, menor ainda é a tendência do suposto acordo minar aliança entre pepistas e o PT na Bahia. “Isso é nota plantada. Não tem fundamento nenhum. A decisão não é monocrática e sim do partido. O senador Dornelles disse que vai ouvir o partido e a bancada. Vamos ter uma reunião em maio.
Dezoito parlamentares do PP estão com Dilma, o que significa 2/3 do partido. A tendência é fechar com ela, pois nós temos ministros e um projeto. A segunda opção é ficar livre nos estados para fazer as composições que vão fortalecer as bancadas estaduais e federal, tanto para deputados quanto para senadores. Se o sobrinho dele (Aécio Neves) não aceitou, quanto mais ele”, enfatizou.




