Com uma voz natural e suave, um verdadeiro presente aos nossos ouvidos que, até então, estava escondido, hoje se destaca na banda Retrofônica. Contudo, Isabela Caroline, pauloafonsina de 20 anos, já fez aulas de canto dos 12 aos 14 anos quando estudava no Sete de Setembro. Foi no colégio também que ela participou de seu primeiro festival e teve o primeiro e, não muito agradável, contato com o palco. “Traumatizei! Eu achei horrível, criei raízes em cima do palco”, comenta Isabela.
Após alguns anos, a moça passou a freqüentar os encontros de jovens na igreja católica, onde redescobriu seu talento vocal e reascendeu sua vontade de cantar. Foi lá que conheceu os músicos Igor e Rodrigo, que depois de muitas rodinhas regadas a voz e violão, decidiram fazer música em barzinhos. Porém, o que começou timidamente, deu espaço ao desejo de montar uma banda, a Retrofônica. “Quando nós resolvemos montar a banda, não tinha contado pra ninguém, nem pro meu pai. Minha mãe (Cida) sabia que eu tava ensaiando, só que ela achava que eu não ia ter coragem de cantar, que era uma brincadeira.”, diz Isabela. O pai, Gilvan, que só soube da banda depois que a filha mostrou duas músicas gravadas em estúdio, ficou maravilhado e passou a dar todo apoio ao projeto.
A universitária, estudante do curso de Engenharia de Pesca na UNEB (Universidade do Estado da Bahia), não é a única da família envolvida com música. Seu tio Juvenal canta na igreja, também é compositor e já participou do Festival Modernismo em Paulo Afonso e sua tia Ivonete, já concorreu em festivais que aconteciam no antigo Cine Coliseu. A jovem que sempre contou com a casa cheia de música, traz da infância referencias do forró e do reggae à banda Retrofônica, além de seu latente gosto pela MPB.
Com um som que envolve diferentes influências, em sete meses a banda Retrofônica vem ganhando seu espaço e admiradores não só em Paulo Afonso, como na região. Segundo Isabela, a intenção é fazer jus ao caminho alternativo, participar de festivais fora da cidade e expandir o máximo possível o som. A banda que atualmente segue com Igor e Rodrigo nas guitarras, Diguisim no baixo e Guto na bateria, anda a todo vapor na divulgação de seu primeiro trabalho, gravado ao vivo em dezembro durante o Show da Virada. A expectativa agora se concentra no lançamento do primeiro CD de estúdio da banda. Aguardem!
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