5 de dezembro de 2025

E vem a minha ciclovia – Extensão até a ponte do canal (Francisco Nery Júnior)

Por

Redação

E vem a minha ciclovia – Extensão até a ponte do canal

Por Francisco Nery Júnior

Em minhas palavras simples, eis que vem a ciclovia. Pra lá e pra cá, num vaivém sem fim, afrontando todos os perigos em uma rodovia estadual, lá estou eu no combate diário do ganha-pão. Na ida, a saudade e a incerteza da volta. No retorno, a alegria da filharada a me contemplar são e salvo. No final da jornada na “ilha”, a compensação estampada na face da minha prole – que depende de mim. Para alegria e aclamação – de fato um agradecimento – de quem depende da bicicleta para locomoção, teve início a primeira etapa da ciclovia entre o Centro da cidade e o Mulungu.

As obras estão iniciadas. O primeiro estirão terá 2,5 km de extensão. Prefeitura, deputado e entidades de crédito, está na mídia, finalmente se mancomunaram em função da nossa segurança; minha e de cerca de cinco mil ciclistas por dia. Somos todos, senhores leitores, virtuais financiadores da empreitada, cinco mil (5.000) cidadãos por dia que tocam a cidade que amamos e que nos abriga. Nela batalhamos pelo pão de cada dia. Nela fundamentamos a nossa confiança. Nela interagimos e tocamos a vida. Nela, agora com a esperança de dias melhores em segurança, nos abraçamos na prática da fraternidade.

Somos todos esperançosos e proativos. Sonhamos para que a vida não acabe. Vivemos a vida dádiva de Deus.

De fato, reconhecemos os que nos dirigem legitimamente com a visão no futuro de dias melhores. Na nossa simplicidade, do cantinho dos nossos lares – nós também temos lares! -, agradecemos a visão dos responsáveis e suplicamos a Deus, para eles, a capacidade de enxergar, trabalhar e optar pelos melhores meios de fomentar o nosso desenvolvimento.

Que me perdoem os leitores menos pacientes. Talvez eu tenha falado um pouco demais. Mas falo com palavras simplórias que partem do meu coração agradecido e recompensado. Tenham certeza, ademais, que elas são comungadas pelos milhares de moradores de um vasto bairro que não abre mão – e nunca abrirá – de ser pauloafonsino.

Mantido o diapasão, uma observação: pelo que li, teremos 2,5 km iniciais de ciclovia encravada ao pé da barragem central do lago da Usina PA-IV. A obra, orçada em cerca de cinco milhões de reais, me parece monumental e nada simples. Na minha aritmética da escola primária, posso concluir que cada quilômetro está na razão de dois milhões de reais. A extensão vai da Prainha até o Economarte.

Pedalando no selim da minha bicicleta que agora me parece mais célere e leve com o advento do início das obras, verifiquei que da Prainha até a ponte sobre o canal que dá acesso à ilha, temos apenas 1,2 km (um quilômetro e duzentos metros) em linha reta na sua maior parte e plana.

O que não consegui entender é o porquê da parada da ciclovia na Prainha; por que não logo até a ponte. Se em área complicada que exige aterramento com centenas de caçambas um quilômetro está estipulado em dois milhões de reais, por que não se investir um pouco mais (pelo exposto, muito menos que dois milhões) até a ponte?

Deixar para depois essa última perna na vinda do Tancredo Neves significa, a meu ver, gastos desnecessários com uma nova montagem do necessário canteiro de obras e com o deslocamento e a estocagem de material e maquinário.

Que significaria, digamos, pouco menos de um milhão de reais a mais das emendas do nobre deputado Negromonte Júnior, nosso virtual deputado distrital, para que a nossa alegria fosse um pouquinho maior? Ele dispõe de cerca de 50 (cinquenta) milhões de reais de emendas parlamentares por ano, metade das quais para direcionar a seu critério. Que me entenda o deputado, isto não é um desaforo nem uma pressão. É simplesmente um arrazoado simplório de quem vai andar diariamente por uma ciclovia digna do trabalhador de Paulo Afonso.
O mesmo apelo, poderíamos dizer choradeira, faço ao senhor prefeito com a certeza que ambos, deputado e gestor municipal, desejam o nosso bem-estar.

Enquanto a ciclovia não vem, em compasso de espera, dia após dia vou pedalando com mais vigor e entusiasmo certo da conclusão total da obra que só trará alegria, segurança e conforto para nós do Tancredo Neves e para os moradores da ilha.

P.S. Seu Jonas era um pedreiro dos bons com mais de sessenta anos, cabelos brancos, que vinha e voltava diariamente do T. Neves III de bicicleta para trabalhar em uma obra do autor desta matéria (que fala na pessoa do personagem) na ilha. Quem sabe o seu nome não cairá bem ajustado na nova ciclovia?

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