Nos últimos anos, as apostas esportivas ganharam espaço no cotidiano do brasileiro, deixando de ser vistas apenas como um passatempo para, em muitos casos, assumirem o papel de complemento de renda ou até de alternativa de investimento. O crescimento das plataformas online, aliado à popularização de eventos esportivos transmitidos ao vivo, ampliou o alcance desse mercado e atraiu perfis variados de apostadores.
Especialistas alertam, no entanto, para a importância de diferenciar expectativas financeiras do real propósito da atividade. A aposta, por natureza, envolve riscos elevados e resultados imprevisíveis, mesmo quando apoiada por análises estatísticas e estratégias de jogo. Por isso, o setor reforça a necessidade de que a prática seja encarada como entretenimento, não como uma fonte segura de renda.
De acordo com operadores, a narrativa de “ganhar dinheiro fácil” ainda circula nas redes sociais e em campanhas não autorizadas, o que pode distorcer a percepção do público. Para combater essa ideia, empresas têm investido em campanhas de conscientização, conteúdos educativos e ferramentas de jogo responsável, como limites de depósito e pausas programadas.
Nickolas Tadeu Ribeiro de Campos, o founder da Cactus Gaming, defende que o setor deve comunicar claramente seu papel no entretenimento, segundo ele, apostar deve ser entretenimento e não investimento.
O avanço da regulamentação no Brasil também abriu espaço para regras mais rígidas sobre publicidade e divulgação, visando impedir que apostas sejam promovidas como garantia de lucro. Além disso, órgãos e associações do setor incentivam que operadores trabalhem junto a clubes e influenciadores para reforçar mensagens de jogo consciente.
Com a expansão do mercado, Nickolas Ribeiro salienta que o desafio não é somente oferecer segurança e transparência, mas também alinhar expectativas. A aposta pode ser uma experiência empolgante e social, desde que praticada com equilíbrio, informação e consciência de que, no fim, o entretenimento deve estar em primeiro lugar.
