
Por Gilmar Teixeira
Hoje, o dia amanheceu mais triste. Paulo Afonso despertou com um vazio que ecoa em cada canto da cidade. Perdemos não apenas um amigo, mas o nosso maior guardião da história: Antônio Galdino.
Homem íntegro, honrado e de fé inabalável, viveu para servir à família, aos amigos, à cidade e a Deus. Membro Fundador da Academia de Letras de Paulo Afonso, a ALPA, e há mais de duas décadas à frente da Folha Sertaneja, dedicou sua vida a preservar a memória, registrar os fatos e eternizar em palavras a essência da nossa terra.
Antônio Galdino não era apenas jornalista, escritor ou professor. Ele era a personificação da própria cidade. Nas suas lentes, cada fotografia tinha o peso da eternidade. Nas suas crônicas e reportagens, cada detalhe ganhava vida, para que o futuro nunca esquecesse o que fomos. Guardião da memória, pesquisador incansável, contador de histórias, ele amou Paulo Afonso acima de tudo.
No COLEPA, formou gerações. Na APA, deixou sua marca. No turismo, exaltou nossas belezas. Nas páginas do seu jornal, fez da palavra um escudo contra o esquecimento. E na ALPA, sua voz ecoa ainda hoje, lembrando-nos de que literatura e história caminham de mãos dadas com a identidade de um povo.
Cristão presbiteriano, tinha na fé a bússola que orientava sua jornada. Amava com simplicidade, servia com humildade e trabalhava com devoção.
Antônio Galdino parte, mas seu legado não se apaga. Ele nos deixa a missão de continuar contando, registrando e preservando a história que tanto defendeu. Sua memória é um farol aceso, iluminando os que virão depois de nós.
Hoje, a cidade chora, mas também agradece. Porque em cada página escrita, em cada fotografia guardada, em cada lembrança revivida, Antônio Galdino permanece.
Guardião da memória, guardião da nossa história — eterno em Paulo Afonso, eterno em nós.





