
Ainda repercute a sessão extraordinária ocorrida na manhã desta quarta-feira, 21 de agosto, que empossou o vice-prefeito Marcondes Francisco (PP) como novo prefeito de Paulo Afonso. Além dos protestos de populares e da presença de reforço policial, a decisão do presidente da Câmara, Zé de Abel (PSD), de não permitir pronunciamentos dos vereadores durante a solenidade gerou insatisfação tanto entre governistas quanto entre a oposição.
A vereadora Evinha (Solidariedade) explicou sua ausência no plenário em entrevista à rádio Angiquinho: “Nunca fui desrespeitosa com nenhuma autoridade e não seria hoje. Mas é preciso dizer: não é um governo novo que começa hoje, mas que tem um ano e meio de gestão, não executa as nossas emendas impositivas, deve a muitos fornecedores – como ao Hospital Núcleo Vida; maltrata o servidor com acúmulo de férias e precisa ouvir o que a população tem a dizer.”
O vereador Leco (PP), líder do Governo, também manifestou sua indignação: “Ele acaba de rasgar o regimento interno desta casa. Aqui é a casa do povo, o vereador precisa falar. Não pode calar a voz do vereador, não pode”.
O vereador Jailson Oliveira (PP) complementou: “Estou indignado com os vereadores de oposição que, num ato antidemocrático, não se fizeram presentes, envergonhando essa casa. Também fomos impedidos de nos expressar, de falar, de prestigiar o prefeito.”
O que diz o presidente Zé de Abel
Em nota, o presidente Zé de Abel justificou a vedação de pronunciamentos dos vereadores: “O que fizemos foi seguir estritamente a Lei Orgânica e o Regimento Interno, que prevê que a Sessão Extraordinária não tem grande expediente, ou seja, não tem uso da tribuna, é somente o ato para o qual foi convocada. De tal forma que, abrir a fala para os vereadores teria que ser para todos, e todos foram convocados, situação e oposição, então isso seria até um desconforto para o Prefeito, com possíveis críticas, cobranças e etc., o que não era o objetivo daquele momento, mas sim, tão somente, realizar a posse e todo o rito foi seguido”.





