O ministro da Cidadania, João Roma, deve trocar de partido e deixar o Republicanos para se filar ao mesmo partido do presidente Jair Bolsonaro, o PL.

Nesta quarta-feira (16) em Salvador, Bolsonaro afirmou que Roma é quem tem coordenado o trabalho de seu grupo político na Bahia e que o ministro pode ser candidato ao governo do estado.
“Quem está coordenando tudo (nacionalmente) é o presidente do partido, o senador Flavio (Bolsonaro). Aqui na Bahia, quem está coordenando para mim é o João Roma. Ele é o, possivelmente, candidato ao governo do estado”, disse Bolsonaro.
Roma confirmou que tem mantido conversas para se filiar ao PL até o fim da janela partidária, período em que deputados federais e estaduais podem trocar de partido para concorrer ao pleito deste ano sem perder o mandato. O limite da janela é o dia 1º de abril.
“Nós estamos fazendo as tratativas e o que nós estamos buscando é que a Bahia esteja de mãos dados com o Brasil. (Mas) Quem tem prazo não tem pressa. Então até o dia 2 de abril os baianos saberão”, disse o ministro.
O presidente indicou a candidatura do deputado federal licenciado e usou o fato de que, assim como ele, Roma também serviu ao Exército para falar sobre a possível dobradinha. O ministro foi 2º Tenente da Arma de Artilharia. Bolsonaro garantiu que Roma terá o seu apoio na disputa estadual.
“É lógico (que ele terá meu apoio). Eu sou capitão do Exército, ele é tenente da Reserva de R2 Setor R da artilharia”, disse Bolsonaro.
O presidente disse ainda que, caso seja reeleito, a eleição de Roma significaria uma melhor interação do governo federal com a Bahia.
“O final de toda jornada passa pro ele. Obviamente, vamos supor que eu reeleito e ele eleito aqui teremos uma melhor interação entre o estado e a União”, disse o presidente.
Na semana passada, o então presidente do PL na Bahia, o ex-deputado federal José Carlos Araújo renunciou à presidência da legenda no estado e pediu desfiliação. Ele indicou que deve apoiar a candidatura do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto.
De Pandemia para Endemia
Também nesta quarta-feira, o presidente Bolsonaro disse que pretende alterar, até o dia 31 de março, o status da Covid-19 no Brasil de pandemia para endemia. O líder do Executivo nacional está na Bahia onde cumpriu agenda no Senai Cimatec e, em seguida, participou da cerimônia de lançamento da pedra fundamental da nova unidade de biomagem das Obras Sociais Irmã Dulce, entidade filantrópica que atende milhares de pessoas todos os anos.
“A tendência do Queiroga, que é autoridade nesta questão, tem conversado na Câmara de Deputados, parlamentares, também o Supremo, que é o órgão federal. A ideia é que até o dia 31, é a ideia dele, passar de pandemia para endemia e vocês vão ficar livres da máscara em definitivo”, revelou.
Desde março de 2020 a Organização Mundial de Saúde classifica como pandemia o cenário da Covid-19 no mundo. Em janeiro deste ano, o chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, emitiu alerta aos líderes mundiais de que a pandemia do novo coronavírus “não está nem perto do fim”.
Sobre o uso das máscaras, estados e municípios são responsáveis pela decisão de suspender a obrigatoriedade do uso.





