
Por Francisco Nery Júnior
Procedimentos devem ser previstos. A preparação para o temporal deve vir antes. O planejamento para o tempo das vacas magras deve ser feito no tempo das vacas gordas.
Quem me socorrerá se eu passar mal em Paulo Afonso? Para onde devo ser levado? Quais as possibilidades de eu ser socorrido – e sobreviver? Existem equipamentos adequados para o que foi convencionado ser chamado de pronto-socorro? Existe quadro médico e pessoal treinado e atualizado?
Este o questionamento com os que estão próximos. Esta a preocupação para com os que dependem de mim. A dúvida reside na possibilidade de eu, como qualquer outro pauloafonsino, ser socorrido em caso de necessidade tirando proveito dos recursos que a medicina dispõe.
Seu Jackson, Janinho, e agora Fábio, correram para o nosso hospital e não obtiveram sucesso. Morreram antes do tempo. Prematuramente partiram. Se as nossas instalações hospitalares – nossa saúde – não estivessem um caos (palavras do deputado Paulo Rangel), poderiam ainda estar entre nós?
Todos temos medo de passar mal em Paulo Afonso como se não fôssemos uma cidade importante da Bahia. Muitos planejam e outros decidem ir embora para um centro mais desenvolvido onde haja a possibilidade de serem atendidos em caso de urgência médica. Não há como compreender que não haja um mínimo de consideração para a região do complexo de produção de energia elétrica do Nordeste.
Quando falamos Nordeste, a constatação que o Hospital Nair Alves de Souza recebe e atende pacientes de uma vasta região em torno de Paulo Afonso.
Para os do no meu entorno, fácil a comunicação de desejar ser cremado. Morto e já defunto, a lagarta já borboleta livre e distante, bastante tempo para os procedimentos de descarte do velho casulo. E se eu de repente passar mal, o que devem fazer?






Paulo Afonso uma cidade maravilhosa, porém no aspecto da saúde deixa a desejar.
Em novembro eu e minha família vivenciamos o descaso da saúde, que no nosso caso não foi pública, pois a mesma tem plano de saúde, que não tem valor nessa cidade.
Ficou 4 dias sendo tratada com infecção urinária, sem sucesso de melhora, quando a saturação estava muito baixa, sendo observado pela família, que decidiu transferência para Recife ( pois o médico em nenhum momento, falou em transferência), onde a mesma chegou e foi direto para reanimação e passou 15 dias em uma UTI.
Sendo diagnosticada com pneumonia e infecção urinária fortíssima.
É lamentável conviver nessa cidade com tantos descaso, seja na saúde, educação, emprego e entre outros aspectos.
Fico buscando respostas no período eleitoral, pessoas brigando por esses políticos defasado, que suga o dinheiro público e nada de melhoria.
Muito conveniente e oportuna a matéria. Sem dúvida alguma, esse é um medo com o qual qualquer cidadão pauloafonsino que pense e reflita sobre a situação do sistema de saúde local tem que conviver cotidianamente. É incompreensível e ao mesmo tempo extremamente revoltante, a quantidade de casos de cidadãos que tem suas vidas prejudicadas, quando não perdidas, em razão da má assistência dos nossos hospitais, seja por falta de recursos materiais ou profissionais qualificados. Só nos resta contar com a sorte e/ou com as forças divinas.
Muito boa a matéria, pena que há muito tempo,, digo anos eu já comentava sobre isso mas antes tarde do quê nunca.
Marco Antonio, Petrolina-PE