Segunda-feira, 21, foi a última sessão ordinária da Câmara de Vereadores do pleito 2016/2020. Apesar do momento de pandemia, na penúltima sessão, através de votação, ficou definido que a última sessão acontecesse na sala das sessões somente com a presença dos vereadores. Na tribuna tiveram discursos acalorados, discursos enigmáticos mas também emocionados.
O vereador Mário Galinho subiu a tribuna levando a última farda que o seu pai usou no último dia de trabalho e também fez questão de usar a mesma roupa que usou na sua posse em 2017. “Hoje, é o meu último discurso como parlamentar nesta casa. Dia 1º de janeiro de 2017 eu subi nessa tribuna um pouco nervoso, ansioso com o que me esperava, disposto a aprender tudo. Mas, com uma convicção: Eu daria o meu melhor”. Disse.
Iniciou seu discurso parafraseando Abraham Lincoln onde ele diz que “só tem o direito de criticar, aqueles que tem o desejo de ajudar”, possivelmente fazendo analogia ao fato dele ter sido afinco nas fiscalizações, onde sempre fez duras críticas ao modelo de gestão atual.
Galinho, que se destacou muito nestes últimos quatro anos, teve um crescimento de votos de 400% se comparado quando foi eleito vereador em 2016.
“Eu prometi que representaria todas as pessoas dessa cidade, de qualquer bairro, classe social, cor e sexo. E cumpri.” Disse no seu discurso, enfatizando que fez questão de exercer todas as funções que a função exigia.
O vereador também aproveitou para falar dos momentos em que viveu naquele parlamento, onde disse ter ganhado novos amigos, perdido um amigo, e velado outros amigos naquela sala. Aproveitou também o momento para se retratar sobre as duras críticas que fez a pessoa do ex prefeito Anilton Bastos onde disse que “os juízes da sua consciência nunca os inocentaram”.
Segundo Galinho, já houve oportunidade de fazer esse pedido pessoalmente, mas como foi feito em público seria em público que ele se retrataria.
“Amadureci mais ainda nestes anos e percebi que na política tratamos de gestão e não de pessoas. Pablo Neruda, escritor chileno, dizia que ‘Nós somos livres para fazermos nossas escolhas, Mas somos prisioneiros das consequências’. Ele fez as escolhas dele, deve e irá arcar, mas a minha posição naquele momento, me dava o direito de criticar as ações, ainda que estejamos livres das amarras da lei perante ao que falamos, proferi palavras duras contra a pessoa, o pai, o avô e esposo e isso os juízes da minha consciência nunca me inocentaram. Reconhecer nossa pequenez em alguns momentos é uma das grandezas da nossa existência.” Disse em tom sereno.
Para Galinho, a probabilidade de voltar ao parlamento da Câmara é muito remoto, mas que irá continuar na política; “Penso que como legislador, posso dizer adeus. Mas, ao povo de Paulo Afonso, direi até breve. Gostaria de dizer aos bairros Siriema, Barroca, todo o BTN, as áreas urbanas em geral e toda a zona rural que eu não irei abandoná-los. Estarei fora do parlamento mas o sentimento de mudança jamais sairá de mim.”
No final, Galinho citou um trecho de outro discurso feito por Adauto Pereira em 1982, aqui em Paulo Afonso onde ele disse: “Amigos meus! Neste discurso falei o que o meu pensamento, a minha alma e o meu coração me conduziram a dizer. Falei para aquele povo sofrido, para um povo que nunca teve tranquilidade e nunca teve o direito de saber qual o destino de sua comunidade.”
Segundo Galinho, mesmo depois de 38 anos, o discurso ainda se aplica em Paulo Afonso. “Continuamos sem saber o destino das nossas comunidades.” Finalizou.
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Nadou, nadou e morreu na praia.
Fez discursos acalorados, esbravejou, xingou, acusou, no entanto, não se tem notícias de uma ação seja ela até mesmo judicial onde foi a favor do povo. Somente perdeu e perdeu, sua vez era volta ao parlamento por mais 4 anos e depois leva dar vôo como uma águia 🦅 ou até mesmo um condor, em fim, foi com sede demais ao pote e no final da última 🐚 conchada encontrou lama.
Talvez tenha válido a sua tentativa maís….
parabéns Mário galinho não a injustiça que durem para sempre vc foi vítima de uma campanha injusta
Vdd!!!
Despedida é a palavra apropriada. Poderia ter ido mais longe em sua carreira política, se não tivesse dado ouvidos a falsos amigos, que o convenceram a abandonar seu mandato e tentar a vaga de prefeito. Deve estar muito arrependido! Amadurecia em mais um ou dois mandatos garantidos na Camara, preparando o terreno, mas a ambição foi maior, encerrando prematuramente sua carreira. Pode até tentar uma vaga como deputado, mas acho muito improvável, já que é um desconhecido fora de PA, e os votos daqui não são suficientes para eleger um representante. Uma pena, ótima pessoa, mas cometeu um erro estratégico…. Adeus, Mário Barreto….
Igual você fez. NADA! ABSOLUTAMENTE NADA
Impressão que tive é que vai unir forças com Anilton
Outro derrotado , a carreira política desse terminou também.
Xau querido