PL do governo municipal traz aumento salarial apenas para ‘comissionados’, bancadas se unem para barrar

O governo de Luiz de Deus (PSD), é o primeiro em duas décadas, a anunciar uma reforma administrativa cujo aumento do funcionalismo municipal, é o destaque principal. Não se pode perder de vista que no conjunto da obra entrará o concurso público, por força da lei, afinal são R$ 280 mil por dia, caso o governo não cumpra o prazo de 180 dias dado pela justiça, diga-se: na conta do prefeito. Não é pouca coisa, por isso, agora ou vai ou racha!

É desnecessário lembrar, mas não vamos correr o risco: o concurso está na praça por iniciativa de cidadãos pauloafonsinos que colocaram a prefeitura na justiça, e pela ação da 6º promotoria. Sigamos.

Portanto, a ânsia para que se vote o dito-cujo é enorme entre o funcionalismo, mas como alegria de pobre costuma durar pouco, eis que o texto que chegou à Câmara Municipal, na última semana, neste momento, contempla apenas funcionário de cargo comissionado, com aumento que varia entre 6,5% a 10% – o máximo permitido por lei.

A grita foi geral, e encontrou eco nos que podem aprová-lo dessa forma, digamos, capenga: os vereadores.

“Foi criada uma grande expectativa no funcionalismo, que poderia ser mais que isso, contudo, a lei não permite mais de 10%, então o que chegou para a gente além disso foi mudança de nomenclatura”, disse um dos vereadores, que participou da reunião na Câmara, na última semana.

Segundo afirma a fonte, a oposição já está fechada que não aprova dessa forma de jeito nenhum, que prefere esperar mais um pouco e ver todos os funcionários que têm direito contemplados, e que tem vereadores da base com eles, o que inviabilizaria a aprovação.

“Veja bem, na última reunião que tivemos, foi essa a conversa, porém, os vereadores da base fizeram uma outra reunião, então eu não posso garantir se vão manter o entendimento ou se vão obedecer ao governo.”

Bom se seguirem a tradição é batata! Quem manda é o prefeito, e com a maioria que tem, aprova do jeito que quiser. Quando foi, por exemplo, que a Câmara Municipal pressionou o governo a corrigir tantos anos de salário defasado no funcionalismo? Que lutou- no sentido restrito do termo – por concurso público?

É preciso concluir nos dois casos, respectivamente que: Luiz de Deus quer e a justiça obriga, porque se fosse depender dos vereadores santo Deus!

Mas agora, eles podem ganhar um pouco de credibilidade simplesmente, reprovando este projeto, e pedindo ao prefeito que agilize essa reforma administrativa, para que chegue à Casa contendo todas as suas etapas.

A primeira discussão está marcada para amanhã (24), mas ainda depende  da agenda da Câmara – que nesta segunda receberá representantes da Embasa – e com tanta pressão, é quase certo que não saia.