18 de abril de 2024

Mãe de PM morre de infarto ao saber do assassinato do filho

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REDAÇÃO - PA4.COM.BR COM FOLHA PRESS

Maria José Fontes infartou e morreu ao ver o filho, o sargento da PM Douglas Fontes Caluet (Crédito: Montagem/Arquivo Pessoal)



 

 

Uma dupla tragédia ocorreu na madrugada desta quinta-feira (7) com a família de um policial militar em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, no Rio.

 

O sargento da PM Rio Douglas Fontes Caluete, 35, foi morto durante uma tentativa de assalto e, horas mais tarde, a mãe dele passou mal e morreu logo após ver o corpo do filho no local do crime. Maria José Fontes, 56, chegou a ser encaminhada a uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento), mas, logo ao chegar lá, sofreu um infarto e não resistiu.

 

O sargento, filho de Maria José, tinha 12 anos na polícia. Ele foi cercado por cinco homens que queriam levar seu carro e acabou assassinado após ter sido identificado com policial.

 

Caluete é do 54º policial morto neste ano no estado. Na terça-feira, o sub-tenente da reserva Edemilson de Oliveira, 60, foi morto também em uma tentativa de assalto, desta vez em Belfort Roxo, também na Baixada Fluminense.

 

Douglas Fontes Caluete sofreu tentativa de assalto na Baixada Fluminense. Foto: Divulgação.

INTERVENÇÃO FEDERAL

 

O estado do Rio está sob intervenção federal na segurança pública desde 16 de fevereiro. A medida, inédita, foi anunciada pelo presidente Michel Temer (MDB), com o apoio do governador Luiz Fernando Pezão, também do MDB.

 

Temer nomeou como interventor o general do Exército Walter Braga Netto, que atua como chefe dos forças de segurança do Estado, como se acumulasse a Secretaria da Segurança Pública e a de Administração Penitenciária, com PM, Civil, bombeiros e agentes carcerários sob o seu comando.

 

O Rio de Janeiro passa por uma grave crise política e econômica, com reflexos diretos na segurança pública. Desde junho de 2016, o Estado está em situação de calamidade pública e conta com o auxílio das Forças Armadas desde setembro do ano passado.

 

Não há recursos para pagar servidores e para contratar PMs aprovados em concurso. Policiais trabalham com armamento obsoleto e sem combustível para o carro das corporações. Faltam equipamentos como coletes e munição.

 

A falta de estrutura atinge em cheio o moral da tropa policial e torna os agentes vítimas da criminalidade. Somente no ano passado 134 policiais militares foram assassinados no estado. Policiais, porém, também estão matando mais. Após uma queda de 2007 a 2013, o número de homicídios decorrentes de oposição à intervenção policial está de volta a patamares anteriores à gestão de José Mariano Beltrame na Secretaria de Segurança (2007-2016). Em 2017, 1.124 pessoas foram mortas pela polícia.

 

Apesar de contar com o apoio da população, a intervenção ainda não obteve resultados significativos na melhora dos indicadores de violência urbana no estado. O assassinato da vereadora Marielle Franco, em março e ainda sem ninguém preso, e a chacina de cinco jovens em Maricá foram dois crimes de repercussão que ocorreram na vigência da intervenção.







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COMENTÁRIOS

Comentários 3

  1. Ane says:

    Se vendo a aflição de uma mãe por um filho já dói, imagina o choque.

  2. Incognito infinito says:

    Será que esses PMs Brasil afora já pararam pra pensar na aflição que a irresponsabilidade de alguns deles também causa nas mães daqueles que agonizantes em acidentes e em assassinatos são fotografados e jogados nas redes sociais por muitos deles?

    • mkx says:

      quantas maes ele no ja fez chorrarem vendo os filho enocente cendo torturados

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