19 de abril de 2024

Lava Jato ‘fingiu’ investigar FHC para simular ‘imparcialidade’, aponta The Intercept

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REDAÇÃO - PA4.COM.BR COM BAHIA NOTÍCIAS

Foto: Reprodução



 

 

Novos trechos de conversas do ex-juiz e ministro da Justiça Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol divulgadas pelo The Intercept Brasil, nesta terça-feira (18), apontam que a Operação Lava Jato fingiu investigar o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso (FHC) com a intenção de criar percepção de ‘imparcialidade’ na população brasileira, e foi repreendida por Moro: ‘Melindra alguém cujo apoio é importante’.

 

O site indica que a conversa em questão aconteceu no dia 13 de abril de 2017, um dia depois que o Jornal Nacional, da Rede Globo, veiculou uma reportagem que levantava suspeitas contra FHC.

 

Neste dia Sergio Moro chamou Deltan Dallagnol em uma conversa privada no aplicativo Telegram e falou sobre o assunto. Segundo The Intercept, Moro queria saber se as suspeitas contra o ex-presidente eram “sérias”. A resposta de Dallagnol foi assegurando a crença que a força-tarefa, através do braço em Brasília, propositalmente não considerou a prescrição do caso de FHC e o enviou ao Ministério Público Federal de São Paulo, segundo ele, “talvez para [o MPF] passar recado de imparcialidade”.

 

A reportagem lembra que na época desta referida conversa a operação Lava Jato vinha sendo alvo de ataques que a acusavam de ser seletiva e de poupar políticos do PSDB. As discussões haviam sido inflamadas meses antes, quando o então juiz Moro aparecera sorrindo em um evento público ao lado de Aécio Neves e Michel Temer, apesar das acusações pendentes de corrupção contra ambos.

 

O The Intercept aponta ainda que o ex-presidente FHC foi citado na Lava Jato pelo menos nove vezes. Caso fossem investigados e comprovados, nem todos os possíveis crimes cometidos pelo ex-presidente estariam prescritos.

 

Ao receber as mensagens de Moro e antes de responder o na época juiz, Dallagnol encaminhou a dúvida dele para um chat em grupo chamado “Conexão Bsb-CWB”, no qual estavam procuradores das duas cidades. Foi de Brasília, onde o caso tramitava, que ele recebeu a resposta de que a documentação foi encaminhada a São Paulo sem a análise sobre a prescrição, afirma a reportagem.

 

A acusação que Dallagnol classificou como “recado de imparcialidade” já era de conhecimento interno do Ministério Público desde o final de 2016, graças à delação de Emílio Odebrecht, que afirmou que deu “ajuda de campanha” a FHC para as eleições vitoriosas de 1994 e 1998, lembra a matéria do The Intercept. “Ajuda de campanha eu sempre dei a todos eles. E a ele também dei. E com certeza teve a ajuda de caixa oficial e não oficial”, afirmou o empresário, falando sobre caixa dois. “[E]u dava e dizia que era para atender mesmo. Então vai fulano de tal lhe procurar, como eu dizia também para Marcelo, e eles então operacionalizavam. Ele me pediu. Todos eles.” O valor dos pagamentos não foi divulgado.

 

Foto: reprodução The Intercept






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COMENTÁRIOS

Comentários 3

  1. Observando says:

    #SomosTodosMoro
    Porque somos contra a corrupção

    • Justiceiro P.A says:

      Todos nós somos contra a corrupção, mas não da forma que foi feita… atropelando tudo pra se ter vantagens futuras. Muitos outros estão aí dando rizada da cara dele, da minha, da sua. Desculpe-me, pelo jeito, você já foi corrompido!

  2. Justiceiro P.A says:

    Mais um Lobo na pele de “cordeiro” (p/ àqueles quem ele o enganou).

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