28 de março de 2024

Homem agride a ex-namorada e é preso; juiz o solta, e ele a mata a facadas

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REDAÇÃO - PA4.COM.BR COM G1-DF

Tauane Morais foi morta pelo ex-namorado Vinícius Rodrigues de Sousa no Distrito Federal (Foto: Arquivo pessoal)



 

 

Uma moradora do Distrito Federal de 23 anos foi assassinada a facadas, nesta quarta-feira (6), por um ex-namorado que se dizia “inconformado com o término”. Três dias antes, ele já tinha sido detido por agressão e tentativa de homicídio contra ela.

 

Tauane Morais era operadora de caixa e morava em Samambaia Norte. Segundo a Polícia Civil, o suspeito se chama Vinícius Rodrigues de Sousa, e tem 24 anos. Após o crime, ele tentou se matar, foi socorrido e internado. Tauane morreu na hora.

 

No último domingo, Vinicius foi detido em flagrante após agredir Tauane com socos e tentar enforcá-la. A agressão foi presenciada pelos filhos do casal – um menino de 2 e uma menina de 4 anos.

 

À polícia, naquele dia, Tauane contou que o ex-namorado chegou a pegar um punhal e rasgar as cortinas da casa, quebrar móveis, a geladeira e a televisão da família.

 

Móveis ficaram destruídos após agressão de morador do DF à ex-namorada, no fim de semana (Foto: Polícia Civil/Divulgação )

Mesmo com o flagrante, no dia seguinte, o homem foi liberado em uma audiência de custódia. O juiz Aragonê Nunes Fernandes, que analisou o caso, entendeu que a medida protetiva concedida pela Justiça à Tauane era “suficiente” para manter o agressor longe da vítima e “preservar a integridade física” dela.

 

Após o assassinato e a tentativa de suicídio, o homem foi socorrido no local pelo Corpo de Bombeiros e levado ao Hospital Regional de Taguatinga (HRT). O estado de saúde dele não foi informado.

 

Em nota ao G1, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal disse que não comenta ações, e que o juiz responsável pela soltura também não poderia comentar porque é impedido pela Lei Orgânica da Magistratura Nacional.

 

‘Agressivo e ciumento’

 

Em depoimento à Polícia Civil, ainda no domingo (3), Tauane disse que já tinha sido agredida outras vezes pelo namorado, mas nunca denunciou. Ao G1, o delegado que investiga o caso, Eduardo Galvão, afirmou que o suspeito, que é do Piauí, não tinha passagens pela polícia no DF.

 

“Ela dizia que ele era muito ciumento, que vinha a agredindo a algum tempo, mas nunca falou nada. Foi aí que decidiu terminar o relacionamento.”

 

Vinícius Rodrigues de Sousa rasgou as cortinas do imóvel depois de agredir a ex-namorada, Tauane Morais, no DF (Foto: Polícia Civil/Divulgação)

Galvão afirmou que os policiais que atenderam a mulher durante o fim de semana ofereceram proteção na Casa Abrigo, uma instituição do governo do DF, que acolhe mulheres vítimas de violência.

 

“Ela disse que tinha interesse na medida protetiva, mas não queria ir com os filhos para a Casa Abrigo”.

 

Feminicidio no DF

 

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, entre janeiro e abril deste ano foram registradas 10 ocorrências de feminicídio no Distrito Federal. No mesmo período do ano passado, foram 8.

 

No mês passado, a estudante Jéssyka Laynara foi morta pelo ex-namorado – um policial militar – –dentro de casa, na frente da avó e do primo. Ronan Menezes do Rego disparou cinco tiros. Duas semanas antes de ser assassinada pelo ex-namorado, a jovem, de 25 anos, enviou um áudio a uma amiga contando que não conseguia andar porque tinha levado socos no estômago e chutes nas pernas.

 

Assassinato de Jessyka Laynara completa um mês

 

Depois de matar Jessyka, ainda naquele dia, o policial foi até a academia frequentada pela ex-namorada e atirou no professor Pedro Henrique Torres, de 29 anos. Pedro passou por cirurgia e se recupera, em casa.

 

Ronan estava de folga, sem farda, mas usou uma pistola da corporação para cometer o crime. A família da vítima diz que ele agiu por ciúmes.







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COMENTÁRIOS

Comentários 3

  1. Dilmanta says:

    Prendam o juiz.

  2. EU SOU VIRGINia e VOCÊ. says:

    O juiz tem haver?

  3. Wilker says:

    Não é só Gilmar Mendes que gosta de soltar … Ficou comolicado confiar em quem deveria nos proteger.

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