Isso mesmo, leitor. São sete mil obras paradas em todo o Brasil (dado publicado por um deputado do PT da tribuna da Câmara Federal). Alguns estados já quebraram. Sim, aperto na Bahia, com revolta e quebra-quebra, estado com um governador muito bem avaliado onde o Partido dos Trabalhadores ganhou as eleições de cabo a rabo. Servidores descontentes estraçalharam a porta de vidro da casa do povo e invadiram o plenário com gosto de águas passadas.
Ficamos a imaginar, deixando paixões e cores ideológicas de lado, como o leitor está a fazer a leitura do quadro que acabamos de pintar. Michel Temer, governadores e prefeitos, são eles porventura homens maus e perversos, odiosos gestores que querem, a ferro e fogo, o nosso mal? Seria isso? Seria, pura e simplesmente, a antevisão do inferno punidor; do juízo final?
Entre as obras paradas, pontes e hospitais, creches, estradas, abrigos e escolas. Na Bahia, pacote já aprovado pela Assembleia Legislativa, fechamento de empresas públicas, redução do aporte oficial ao Planserv (plano de saúde do servidor estadual) e aumento da contribuição previdenciária de 12 para 14%.
Jair Bolsonaro, em quem grande parte dos brasileiros depositou suas esperanças de dias melhores, não se esquiva e responde a todas as perguntas, insinuações e provocações. Poderia – deveria mesmo – ser mais comedido e fazer como Churchill ou John Kennedy. Um apenas prometeu sangue, suor e lágrima. O outro recomendou que o cidadão americano não perguntasse o que o país poderia fazer por ele, mas o que ele poderia fazer pelo seu país. No caso da Inglaterra, o perigo nazista era iminente. No caso americano, a guerra fria apontava para o perigo terrível de uma guerra nuclear.
Então, leitor, no caso do Brasil, um Titanic que está perigosamente perto do fundo do mar, o que recomendaria o leitor ao presidente-eleito? Que precauções recomendaria? Que rumo apontaria? Sabíamos todos que chegaríamos a este ponto; a esta deriva. Bradamos e alertamos durante anos nesta coluna. Como insignificantes formiguinhas, contemplamos, anos a fio, a cigarra da insensatez cantar ao som estridente e irritante da sua viola. E agora? Novos e vários apertos virão. Terão que vir. E agora?
Francisco Nery Júnior
Na Bahia foram muitas as promessas, pensamentos, e atitudes politicas possuem fundamentos culturais, a politica nao se reduz a um jogo pelo poder. Prof. Nery tem meu respeito.
Minhas congratulações ao belo e, absolutamente, realista editorial, Prof. Nery! Discorrendo a situação prevista e nada bem-quista pelos brasileiros que, ainda, fazem uso de bom-senso e desejam um país melhor “pra todos”.
Tenho orgulho de tê-lo como pauloafonsino!
Um forte e fraterno abraço!
O interessante e que a bahia deve mais de 40 bilhões ao governo FEDERAL. Vejamos se FERNANDO Haddad fosse eleito essa dívida iria aparecer??? Ham ??? Duvido, só apareceu porque Jair Bolsonaro ganhou. Apos a derrota de haddad, apareceu tambem dividas que o pt fez com as campanhas políticas de seu pretendente… Daí eu pergunto… Se HADDAD fosse eleito, os mais de 2 milhoes de reais que ele deve iria aparecer??? Ham??? Claro que nao! A divida do estado da bahia bem como a de haddad com campanhas políticas IRIAM EVAPORAR debaixo dos panos, ou seja, o povo pagaria sem saber. O que ta acontecendo e que RUI COSTA esta cortando gastos para quitar dividas com governo federal….. tomara que ele nao seja alvo de investigação, pois ja estão atrás do antigo governador JAQUES VAGNER.