Empréstimo de R$ 80 milhões é loucura para uma gestão ineficaz e sem rumo, diz Mário Galinho

Passada a calmaria que pairou na primeira sessão deste segundo semestre de 2019 na semana passada, a sessão desta segunda feira foi bastante tensa e com assuntos complexos que aconteceram durante a semana.

Um dos discursos mais esperados é sempre do vereador de oposição Mário Galinho, que já iniciou sua fala afirmando que sente-se honrado em defender o povo de Paulo Afonso na tribuna e, que / esse 80 milhões solicitado pela gestão de Luiz de Deus, é inviável e um suicídio, o que ele se referiu a “empréstimo de cifras onerosas”. / “Esse empréstimo de 80 milhões é uma ousadia jamais vista em gestões passadas e que diga-se de passagem, tiveram receitas mais enxutas e apertadas”./

Antes de adentrar no assunto do empréstimo, o vereador fez uma ressalva sobre um assunto antes por ele tratado, que é a criação de uma comissão para investigar os contratos do município enfatizando os contratos da secretaria de esporte, citando o incidente que ocorreu no ginásio de esportes, onde além da confusão entre torcidas houve também um fato onde o chamou de “incoerente” a questão das premiações pagas aos times campeões em cheques pré-datados. Falou também sobre o ofício enviado ao secretário Jânio Soares, solicitando detalhes sobre a reforma do estádio Álvaro de Carvalho, o Ruberleno, em que o mesmo o respondeu dizendo não saber da reforma do estádio. “A gente imagina que algum doador de bom coração, está fazendo do próprio bolso a reforma do estádio.” Disse Galinho.

Voltando ao assunto do empréstimo, Galinho afirma que se fosse realmente um projeto de grande importância teriam dado entrada na câmara nos seis primeiros meses de mandato da gestão, pautado de projetos e discutido em audiências públicas. “É loucura assinar um cheque de 80 milhões de reais para uma gestão ineficaz e depois ficarmos com a cara exposta para o povo de Paulo Afonso.”

Segundo Galinho a autorização de um valor dessa cifra aumenta consideravelmente o risco de um colapso no município. “A maior receita de Paulo Afonso, hoje, é o ICMS e que está sub judice, ou seja, irão comprometer o FPM, que representa 13% da arrecadação do município, porque participo sozinho das prestações de contas e sei disso.” Disse o vereador.

Galinho explicou que com isso irão comprometer a única renda própria do município para a prefeitura trabalhar como quer. “Uma prefeitura que gasta milhões, não responde ofícios, não tem transparência nenhuma, há três anos nessa casa não consegui ainda as informações a cerca de diversos contratos, isso desde o outro biênio! Será que esses 80 milhões serão passados a toque de caixa e com transparência? Como vamos avalizar um cheque desse sem um projeto (rumo)?” Finalizou.

Galinho afirma que não foi convidado a reunião pois sabem que ele iria falar a verdade ao prefeito, principalmente para que todos esses gatos passassem por audiência pública, pois dinheiro público é coisa séria.