17 de maio de 2024

15 anos da Agendha são marcados por testemunho de mulheres que venceram a violência física e moral

Por

IVONE LIMA. PA4.COM.BR

Valda Aroucha recebe carinho do marido. Foto PA4.COM.BR

A Uneb sedia nestes dois dias, terça e quarta, o I Encontro Ecofeminista da Mulher Rural promovido pela ong Agendha e seus parceiros, dentro das temáticas sugeridas pela Organização das Nações Unidas (ONU) que elegeu 2018 o ‘Ano Internacional da Mulher Rural’, a data marca também os 15 anos de atuação da Agendha no Semiárido Brasileiro, especialmente em Paulo Afonso.

Lembrando da violência que sofre do ex-companheiro, ela chorou, mas no final sorriu e recebeu o carinho do público. 15 ANOS DA AGENDHA.

Dito isto, é preciso reconhecer a atuação da presidente da Agendha, Valda Aroucha, cidadã pauloafonsina [o título foi concedido pelo então vereador Ozildo Alves], seu desbravamento intelectual, sua atitude transformadora e a inconteste capacidade de unir agentes públicos e privados, a fim de promover mudanças na vida das pessoas indistintamente, mas de maneira especial, das mulheres.

 

Parceiros da Agedha: SEDES, Conselho Municipal dos Direitos da Mulher – CMDM, Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher – DEAM, Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura Familiar – SINTRAF e Rede de Atendimento as Mulheres de Paulo Afonso – RAMPA.

O Ecofeminismo pulsa no coração de homens e mulheres numa relação mais igualitária com o meio ambiente, atenta às questões ambientais, promovendo a ascensão de mulheres no campo e, consequentemente na sua vida social e na relação com o próximo. Uma mulher que sabe da sua capacidade, que vence estruturas impostas a ela.

 

Auditório da Uneb nesta quarta-feira. FOTO PA4.COM.BR

Nesta quarta-feira, também com a presença dos representantes da polícia Civil e Militar, da prefeitura de Paulo Afonso, representantes de sindicatos, dos trabalhadores rurais e outras organizações, as mulheres falaram.
Narraram passagens de violência física e moral, preconceito e superação. Uma detenta que sustenta a família confeccionando bonequinhas de pano, e com ela outras presas do complexo de Paulo Afonso, que chegaram ali sem qualquer chance, mas que através do trabalho vivem com a dignidade que nunca conseguiram ter fora da cadeia.

 

Para além de questões de ordem mais prática, o I encontro Ecofeminista da Mulher Rural é uma grande confraternização de tantos atores que se uniram para garantir direitos às mulheres e que o Estado cumpra sua parte. É uma festa, um abraço e uma celebração de forças positivas.

 

Testemunho de Nádia Silva de Oliveira (foto de capa), acompanhada pela Ronda Maria da Penha:

 

“Estou um pouco nervosa, mas vou ver se consigo, eu espero que o pouco que vou falar aqui possa ajudar alguém…  fui casada 30 anos e infelizmente por algum motivo não deu certo, então eu precisei recorrer à Ronda Maria da Penha e agradeço primeiro a Deus a eles por terem conseguido me tirar de lá. Eu queria dizer a vocês mulheres que sofrem violência doméstica, esperando que seu companheiro possa um dia mudar, não vai mudar. A mudança precisa ser a partir de cada uma de vocês, certo?, vocês têm que aprender a hora de dizer não!, vocês têm que lutar pelos seus direitos [ a voz embargou, ela chora…] é aplaudida . Não sintam vergonha de procurar a Delegacia da Mulher, lá é o nosso recurso, é o nosso apoio, dia 7 eu completo três meses fora de casa e sou assistida por eles a cada 7, 15 dias; vão em casa, tem uma psicóloga maravilhosa que me atende e me ajuda, não aceitem violência! Eles me acolheram e na hora que você precisar vá a Delegacia da Mulher.”

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COMENTÁRIOS

Comentários 4

  1. Maria Rosa says:

    É LOUVÁVEL E GRATIFICANTE DAR SUPORTE AS MULHERES ,PRINCIPALMENTE AS MAIS NECESSITADAS. AGORA ,NÃO CONVÊM E NEM É LICITO APODERAR DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS,PARA SE AUTO BENEFICIAREM SUAS ORGANIZAÇÕES, E AÇÕES .ALÉM DE DIFICULTAREM E BLOQUEAREM OS TRABALHOS DOS OUTROS.INFELIZMENTE É O QUE TEM ACONTECIDO EM NOSSA CIDADE,AOS ANOS ATRÁS SURGIRAM PESSOAS QUE INVADIRAM EM CONQUISTAS E TENTAM DESCONSTRUÍ O QUE JÁ EXISTE
    NO DIA 8 INTERNACIONAL DA MULHER ,SÓ PRA LEMBRAR QUE EXISTEM VÁRIOS TIPOS DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER. VEM DE PESSOAS QUE SE DIZEM LUTAR PELOS DIREITOS DAS MULHERES, QUANDO NA VERDADE, CRIAM MAIS PROBLEMAS SOCIAL,A FAMOSA COMPETIÇÃO DE MERCADO, VAIDADE,COMPETÊNCIA,DESTAQUE E OUTROS. FATOR .

  2. Maria Rosa says:

    Esperei um FORUM com órgãos Federal ,para expôr minha indignação sobre a violência psicológica contra a mulher.Esse tipo de violência é muito grave,e precisa ser um TEMA pra efetivar em LEI ,pois a violência psicológica ,ela está atribuída a não oportunidades,consequêntimente apresenta o dano econômico,moral, e o que é pior a saúde. PERGUNTO: TEM VIOLÊNCIA PIOR?! Ainda com todo respeito,vejo demagogia em eventos como esse ,porque assim como eu ,existem mulheres sem direitos.
    Art. 5º – Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
    · Lei nº 6815, de 19.8.1980, que define a situação jurídica do estrangeiro no brasil e cria o conselho nacional de imigração. (Estatuto dos Estrangeiros).
    · Lei nº 7853, de 24/10/1989, que dispõe sobre o apoio as pessoas portadoras de deficiência, sua integração social, sobre a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (CORDE), institui a tutela jurisdicional de interesses coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público, define crimes, e dá outras providências..
    · Decreto nº 3298, de 20.12.1999, que regulamenta a Lei 7.853, de 24 de outubro de 1989, dispõe sobre a política nacional para a integração da pessoa portadora de deficiência, consolida as normas de proteção, e dá outras providências.
    I – homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
    II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;

  3. Maria Rosa says:

    Esperei um FORUM com órgãos Federal ,para expôr minha indignação sobre a violência psicológica contra a mulher.Esse tipo de violência é muito grave,e precisa ser um TEMA pra efetivar em LEI ,pois a violência psicológica ,ela está atribuída a não oportunidades,consequêntimente apresenta o dano econômico,moral, e o que é pior, a saúde. PERGUNTO: TEM VIOLÊNCIA PIOR?! Ainda com todo respeito,vejo demagogia em eventos aqui na cidade.
    Art. 5º – Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros Presidentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
    1 – homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
    II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;

  4. Desconhecida says:

    Muito bem feliz dia da mulher

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