28 de março de 2024

APLB: ‘A educação não está boa em Paulo Afonso, tanto de rede municipal, como estadual’

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Os professores da rede estadual e municipal de ensino de Paulo Afonso, Chorrochó, Macururé e Santa Brígida, aderiram à Paralisação Nacional desde esta quarta-feira (14). As aulas retornam normalmente em todas as escolas a partir desta segunda-feira (19). Segundo Esmeralda Patriota, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB) – Delegacia Hidroelétrica de Paulo Afonso, a manifestação é em prol do financiamento público da educação, a implantação e aprovação do Plano Nacional de Educação e a Lei do Piso, que segundo ela, mal foi aplicada.

"A Lei do Piso foi judiciada por alguns estados como ação direta de inconstitucionalidade, só veio ser julgada, apreciada e publicada no dia 24 de agosto de 2011, ou seja, tivemos um prejuízo de quase três anos para a aplicação da Lei do Piso em relação a que nenhum professor ganhe menos do que o piso e que dois terços de sua carga horária seja com o educando e um terço as atividades de planejamento e pesquisa, e elaboração de aulas", disse Esmeralda Patriota.

A paralisação não tem veiculação eleitoreira municipal

Esmeralda Patriota esclarece que a paralisação nacional está sistematicamente comunicada nos meios de comunicação de televisão e rádio, e que ela não tem nenhuma veiculação eleitoreira na base municipal. As reivindicações dos professores são todas reportadas à Lei Federal, ao Congresso que tem que aprovar no Senado o Plano Nacional da Educação. Esmeralda concedeu uma entrevista ao site ozildoalves, onde se mostrou desapontada com alguns comunicadores de Paulo Afonso. Acompanhe trechos desta entrevista:

"A Rádio Bahia Nordeste vem dizendo que nós estamos fazendo uma greve que não procede e que todas as reivindicações postas, o município vem atendendo. É lamentável, que os comunicadores da Rádio Bahia Nordeste, estão alheios e leigos à situação. Nós estamos falando de Plano Nacional da Educação. Como é que diz que está cumprindo se nós nem temos Plano Nacional da Educação aprovado? Como é que a gente vai reivindicar algo que não virou lei? O que nós estamos reivindicando é a questão da Lei Federal não ser modificada, que prefeitos e governadores respeitem o povo brasileiro… A gente tá reivindicando a redução da jornada de trabalho, que Paulo Afonso começou a aplicar agora… A gente tá reivindicando tudo que, de 2008 pra cá, não foi feito por nenhum gestor de estado e nem de município. Mas não estamos nos remetendo localmente, nós estamos falando da mudança de reajuste, do índice econômico, que querem mudar de 22 para 6, querem desengavetar uma coisa que tá na Câmara Federal…"

 

 

"Mas a gente não tá dizendo que Paulo Afonso paga abaixo do piso…"

"Essas distorções equivocadas da rádio local… a rádio deverá pelo menos pegar o site da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) e verificar se o que a gente tá pleiteando é nacional. Essas condições se remetem à rede estadual e municipal. E dizer que os municípios são pobres, não… É um grande equívoco. Paulo Afonso é uma cidade de maior economia da região. Nós temos um Fundeb, somando ano, de quase 50 milhões… A Secretaria de Educação não chama para dialogar, nem diz se vai pagar o reajuste de 22%, então, as questões que nós estamos pressionando o Governo Federal, é pra definir financiamento público, fortalecer a Lei do Piso, redução de jornada de trabalho… O fato de Paulo Afonso ter reduzido a jornada de trabalho não quer dizer que nós não vamos paralisar, e não existe essa coisa de solidariedade, não, que a educação não está boa em Paulo Afonso, tanto de rede municipal, como estadual".

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