Na segunda sessão da câmara municipal de Paulo Afonso de 2012, realizada na manhã desta quinta-feira (16), o vereador Regivaldo Coriolano (PCdoB) resolveu fazer um desabafo em relação às represálias sofridas nos últimos dois meses pelo prefeito de Paulo Afonso, o ex-DEM Anilton Bastos.
É que desde o início das obras de ampliação do prédio da Câmara Municipal, o prefeito vem colocando uma série de dificuldades, chegando ao ponto de embargar a referida reforma e fazer ameaças de “mandar um trator para destruir a obra”.
Pela primeira vez, o presidente resolveu se pronunciar sobre o embate com o governo, e ao longo do seu discurso soltou o “verbo”, fazendo inclusive uma grave denúncia.
Antes de insinuar que na prefeitura de Paulo Afonso existem os apadrinhados pra ganhar licitações, afirmou que na câmara, os processos de licitações não são maquiados, e embasou o seu argumento citando que os vencedores responsáveis pela obra da câmara são ligados ao prefeito.
“Vamos abrir a tomada de preço para a construção do primeiro andar… Esse processo foi iniciado por uma arquiteta que tem ligação com o governo municipal, quem ganhou a obra também tem ligação com o governo municipal, porque aqui não é maquiado não, e a outra (obra) vai ser pública, e vai ser tomada de preço, quem ganhar faz, e nós sabemos que na prefeitura de Paulo Afonso tem os apadrinhados pra ganhar licitação”.
Indignado, o presidente da câmara pediu que os vereadores acompanhassem e fiscalizassem a suposta fraude.
“Essa casa tem que acompanhar de perto isso, a comissão de obras vá lá verificar, traga resultado, porque nós sabemos disso…Teve um empresário que veio aqui, mas não teve a coragem que a gente desse o nome…então a comissão de obras, os vereadores vão lá olhar isso, vamos olhar”.
No final, o presidente desafiou o prefeito Anilton, afirmando que a obra vai ser feita, com ou sem a licença de construção.
“Ele pensava que eu ia baixar a cabeça, não baixo a cabeça não senhor prefeito, a obra foi realizada, está sendo concluída agora no dia 29, vamos fazer a tomada de preço, vai ser feito o primeiro andar, com ou sem licença de construção”.
